PAN acusa Lucília Gago de falta de autocrítica
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, acusou hoje a procuradora-geral da República de ser incapaz de fazer uma autocrítica do seu mandato e considerou que Lucília Gago "não esteve à altura do desafio que lhe foi colocado".
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País Inês Sousa Real
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Inês Sousa Real lamentou que, na entrevista dada à RTP na segunda-feira à noite, Lucília Gago "não tenha sido capaz de fazer uma autocrítica de todos estes anos de mandato quando claramente alguma coisa tem falhado para que sucessivamente e durante a sua direção haja escutas telefónicas abusivas e que claramente não têm nada a ver com os processos bem como depois uma fuga dessas mesmas escutas para a opinião pública".
"Isto é uma falta de capacidade crítica que não se compreende", acusou.
A deputada única do PAN considerou que a procuradora-geral da República "não esteve à altura do desafio colocado".
Sousa Real defendeu que se "o Ministério Público falha deve efetivamente pedir desculpa seja quem for o cidadão alvo dessas investigações ou denúncias abusivas", depois de a PGR ter recusado a ideia de que deva um pedido de desculpas ao antigo primeiro-ministro António Costa, caso o inquérito venha a ser arquivado, assim como o MP "não deve qualquer pedido de desculpas a qualquer outro cidadão".
A porta-voz argumentou ainda que na entrevista Lucília Gago demonstrou uma "incapacidade de gestão e de articulação com quem a nomeou, com críticas ao Presidente da República, ao ex-primeiro-ministro [António Costa]".
A deputada única sublinhou a importância do apelo que já fez ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, no último debate quinzenal, no qual propôs a audição do próximo procurador-geral da República no parlamento para que este apresente a sua agenda para a Justiça e para o Ministério Público aos deputados.
"É fundamental que Montenegro responda ao repto que o PAN lançou", insistiu.
Citando declarações da procuradora-geral na entrevista, Inês Sousa Real realçou que "ninguém está acima da lei", o que inclui "a PGR e o MP" e considerou que Lucília Gago deve explicar no parlamento "o que tem falhado" e que meios são necessários para as investigações judiciais.
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