Conselho Superior da Magistratura manifesta choque com a morte de ex-PGR

O vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM) assumiu hoje que a morte da ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal "foi um choque", destacando a admiração pessoal e o seu legado à frente do Ministério Público (MP).

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© Fernando Fontes / Global Imagens

Lusa
09/07/2024 17:45 ‧ 09/07/2024 por Lusa

País

Joana Marques Vidal

"Foi um choque. Tinha uma grande admiração pela Dra. Joana Marques Vidal. Além de ser uma mulher extraordinária, foi também uma grande magistrada e, em termos de procuradores-gerais da República, foi um dos melhores que tivemos", afirmou Luís Azevedo Mendes, em reação à notícia do óbito da ex-procuradora-geral da República, aos 68 anos de idade, no Hospital de São João, no Porto.

Em declarações à Lusa, o vice-presidente do CSM considerou Joana Marques Vidal "uma referência muito grande, não só para todos os procuradores, mas para todos os juízes que contactaram com ela", salientando a sua intervenção ativa e a capacidade de reflexão, mesmo depois de abandonar a liderança do MP.

Instado a descrever o legado e a forma como a magistrada moldou a Procuradoria-Geral da República, Azevedo Mendes destacou a abertura de Joana Marques Vidal e a sua abrangência por todas as áreas de atividade do MP.

"Era uma comunicadora excecional. Toda a gente se recorda da capacidade de comunicação que ela tinha e de a exercer em qualquer momento. Nunca fugia aos jornalistas e foi um exemplo daquilo que se pede a um procurador-geral da República. Era uma pessoa que alardeava simpatia e afetos", vincou, reforçando: "Teria de pensar muito para conseguir falar da riqueza do exercício profissional dela".

Joana Marques Vidal morreu hoje, aos 68 anos, depois de ter estado em coma induzido devido a uma operação por causa de um cancro e acabou por sofrer uma septicemia, segundo fonte próxima da família.

O velório da ex-procuradora-geral da República vai decorrer na quarta-feira, entre as 14h00 e as 22h00, na Capela de São Lourenço, em Pedaçães, concelho de Águeda. As cerimónias fúnebres têm lugar na quinta-feira, às 14h00, sendo cremada no crematório de Aveiro.

Joana Marques Vidal foi a primeira mulher a liderar a Procuradoria-Geral da República (PGR), exercendo o cargo entre 2012 e 2018 e sendo sucedida por Lucília Gago.

Foi nomeada para a PGR em outubro de 2012 pelo então Presidente da República Cavaco Silva, ocupando o cargo detido até então por Pinto Monteiro.

Natural de Coimbra, onde nasceu em 1955, Joana Marques Vidal licenciou-se em Direito em 1978 e entrou no ano seguinte para a magistratura do Ministério Público.

Leia Também: Cavaco enaltece "firmeza", equilíbrio e honestidade de Marques Vidal

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