"É com profundo pesar que tomei conhecimento da notícia. Deixa um legado inestimável ao Ministério Público, de combatividade, dignidade, capacidade de liderança", disse Maria José Morgado à Lusa, em reação à morte da antiga procuradora-geral da República (PGR) Joana Marques Vidal, que hoje morreu, no Porto, aos 68 anos.
A magistrada jubilada do MP recorda o empenho de Marques Vidal enquanto PGR, lembrando que "visitava todos os serviços do MP e conhecia em pormenor a sua situação".
"Foi responsável por grandes avanços, avanços mesmo inéditos, no combate à criminalidade económico-financeira nela incluindo a corrupção e o branqueamento de capitais. Era uma pessoa muito pró-ativa, muito pragmática, com uma grande sensatez e uma grande sensibilidade social. É um legado importantíssimo para o MP, será importante recordá-lo sempre", disse Maria José Morgado.
Joana Marques Vidal foi a primeira mulher a liderar a Procuradoria-Geral da República, exercendo o cargo entre 2012 e 2018 e sendo sucedida por Lucília Gago.
Foi nomeada para a PGR em outubro de 2012 pelo então Presidente da República Cavaco Silva, ocupando o cargo detido até então por Pinto Monteiro.
Nascida em Coimbra em 1955, Joana Marques Vidal licenciou-se em Direito em 1978 e entrou no ano seguinte para a magistratura do Ministério Público.
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