O líder da JSD, João Pedro Louro, reagiu às notícias dos últimos dias que deram conta de que ele e o pai, Pedro Louro, presidente do PSD de Alcochete, deixaram que o avô, Arlindo, de 86 anos, e o tio, de 60, que sofre de perturbações mentais, vivessem durante décadas numa casa sem condições de higiene, sem luz, água, no meio de lixo e ratazanas.
Num vídeo partilhado no Instagram, João Pedro Louro, garante que "desconhecia por completo a situação" revelada pelo Correio da Manhã, e que ficou "chocado", "desolado" e "envergonhado" com a "dimensão dos problemas", justificando que a relação com o avô, nos últimos anos, "era limitada a eventos familiares", onde nunca suspeitou "de qualquer problema desta natureza".
Apesar do choque, o presidente da JSD, assegura que "agiu de imediato" para colocar "o avô em segurança", "num local seguro e digno, onde está rodeado da família", algo que, alega, não pôde fazer com o tio, "infelizmente, porque ele é maior de idade, independente" e não o pode "forçar a sair da sua própria casa".
O dirigente político diz ainda que, há cerca de um mês e meio, o pai Pedro Louro "foi operado de urgência ao coração, de peito aberto", por isso, antes de o abordar com as notícias de que os dois familiares viviam em condições desumanas, teve de "garantir que estava bem".
João Pedro Louro garante ainda que está a apurar toda a verdade, junto de familiares, PSP, Segurança Social e hospitais, para tomar uma posição definitiva sobre o caso.
No vídeo, lamenta ainda que a prima, em vez de o contactar para falar sobre o caso, "preferiu" denunciá-lo à comunicação social.
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