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Provas de aferição acabam no 2.º, 5.º e 8.º anos e passam para o 4.º e o 6.º

As provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º anos desaparecem e serão os alunos do 4.º e 6.º ano a ser avaliados, anunciou hoje o Governo, que quer que estas avaliações "tenham consequências".

Provas de aferição acabam no 2.º, 5.º e 8.º anos e passam para o 4.º e o 6.º
Notícias ao Minuto

13:18 - 18/07/24 por Lusa

País Ensino

As mudanças do modelo de avaliação externa já estavam previstas no programa do Governo e foram hoje anunciadas pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que revelou que as novidades entram em vigor já no próximo ano letivo de 2024/2025.

 

Em vez das atuais provas de aferição, as novas avaliações passam a chamar-se Provas de Monitorização de Aprendizagens e serão realizadas no final do 1.º e do 2.º ciclos, sendo que os resultados ficarão registados no boletim do aluno, revelou o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, defendendo que o novo modelo irá "garantir a igualdade de oportunidades".

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, acrescentou que estas provas serão em formato digital e os enunciados nunca serão divulgados, uma vez que a ideia é fazer provas com "itens que se repetem", para que os resultados possam ser comparados com anos anteriores.

"As provas não são de acesso público", disse o secretário de Estado, sublinhando que esta "é uma metodologia cada vez mais utilizada em vários países", dando como exemplo as provas internacionais do PISA.

Com itens repetidos, será possível comparar os resultados ao longo dos anos e perceber se os alunos e as escolas estão a melhorar ou a piorar. As provas do 4.º e 6.º anos não contam para a nota final dos alunos, mas o ministro acredita que também serão levadas com seriedade, uma vez que irá haver escrutínio público com a divulgação de resultados.

"O país vai ficar muito mais informado com o que se está a passar nas escolas", disse, acreditando que tal terá um efeito no trabalho das escolas e professores porque permitirá "saber onde houve mais evolução".

Os alunos do 4.º e 6.º ano irão realizar provas a Português, Matemática e a uma disciplina rotativa a cada três anos e os resultados dessas provas terão de chegar às escolas antes do início do ano letivo seguinte.

O ministro criticou o facto de, até agora, os resultados das provas serem divulgados "quando o ano letivo já estava a decorrer e os professores já não conseguiam fazer as alterações ao plano de aprendizagem".

No último ano, os resultados chegaram às escolas no final de dezembro, o que é "tardio para prepararem o ano letivo", acrescentou Alexandre Homem Cristo, lembrando que nunca existiu uma data fixa para que o relatório fosse publicado.

Agora, os resultados dos alunos chegam às escolas antes de começar o novo ano letivo e em novembro é divulgado um relatório nacional que permitirá fazer comparações entre escolas e municípios.

O novo modelo permitirá também comparar os resultados dos alunos no 4.º e, dois anos mais tarde, no 6.º e perceber se melhorou ou piorou, contou o secretário de Estado.

Para facilitar a transição para o novo modelo de provas em formato digital, os alunos terão já no próximo ano algumas horas na escola para trabalhar na plataforma e irão realizar, entre janeiro e fevereiro, provas-ensaio.

As provas-ensaio vão "permitir às escolas e aos alunos ter uma oportunidade para que no final do ano não seja tudo de novo", disse o ministro, lembrando que nesse momento será possível fazer um levantamento das dificuldades das escolas.

Outra das novidades do novo modelo serão as provas nacionais no 4.º e 6.º anos de Português Língua Não Materna, a pensar nos alunos estrangeiros, que são cada vez mais.

No ano letivo de 2025/2026, a classificação de todas as avaliações externas - provas de aferição e exames nacionais - será feita de forma eletrónica, sendo que no próximo verão o ministério vai já testar o modelo com a prova do ensino secundário de Filosofia.

[Notícia atualizada às 17h02]

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