Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas na sequência de um incêndio que deflagrou, este domingo, por volta do meio-dia, em Alcabideche, no concelho de Cascais.

Os feridos são onze bombeiros - um por mal-estar, um com um traumatismo na perna, dois com queimaduras ligeiras e os restantes por exaustão e inalação de fumos - e três civis, por inalação de fumos.

Apesar de todos os feridos terem sido transportados para o hospital, não inspiram cuidados, de acordo com o 2.º comandante regional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Joaquim Santos, em declarações aos jornalistas. Uma viatura dos bombeiros de Agualva-Cacém ficou danificada na sequência das chamas.

"As autoridades competentes irão chegar à conclusão de como se deu o inicio do incêndio", disse Joaquim Santos.

No local estavam, às 20h12, 407 bombeiros, apoiados por 124 veículos terrestres e 9 meios aéreos, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

As chamas causaram alguns danos num centro hípico da localidade da Charneca, tendo os bombeiros retirado todos os seus cavalos, 30 no total.

Nenhuma habitação nas redondezas foi afetada pelo fogo, que deflagrou às 12h19 na localidade de Janas, na freguesia de Alcabideche, consumindo mato e floresta.

O combate às chamas, dificultado pelo vento, mobilizou centenas de operacionais de várias corporações da Grande Lisboa, apoiados por elementos das sub-regiões do Oeste, Península de Setúbal e Lezíria-Tejo.

Nas operações estiveram envolvidos elementos da GNR, PSP, PJ, Polícia Municipal de Cascais, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Pelas 20:00, um total de 372 operacionais, apoiados por 110 veículos, ainda se encontrava no local, segundo Joaquim Santos. Os meios aéreos, que durante a tarde estiveram a apagar as chamas, totalizando mais de uma dezena, foram desmobilizados.

O segundo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Joaquim Santos, esclareceu à Lusa que os meios de combate irão diminuir progressivamente ao longo da noite, à medida que forem consolidadas as operações de rescaldo do incêndio.

Apesar de o fogo não ter levado ao corte de estradas relevantes, condicionou acessos, que estão a ser normalizados.

Por precaução, foi acionada uma zona de proteção e apoio à população em Alcabideche, destinada a dar assistência a moradores em caso de evacuação de localidades, mas não foi usada porque não foi necessário.

As causas do incêndio e a área ardida são ainda desconhecidas.

[Notícia atualizada às 21h14]

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