Um jovem brasileiro, que trabalhava como empregado de mesa em Portugal, foi assassinado na noite de terça-feira, momentos depois de defender duas mulheres que estariam a ser importunadas no restaurante onde trabalhava, em Carcavelos, no município de Cascais.
A irmã da vítima, Kesilley Cristina, que também trabalha no estabelecimento, contou ao G1 que já tinha ido para casa quando Kildery Eduardo da Silva foi esfaqueado até à morte.
"Havia um grupo de rapazes a assediar duas mulheres. Ele pediu para pararem e eles pararam. Entretanto, ligou-me a pedir para lhe chamar um Uber e estava no estacionamento à espera. Parece que os rapazes voltaram a importunar as meninas e ele pediu para pararem de novo e eles perguntaram-lhe se ele queria ser agredido e deram-lhe uma facada", relatou Kesilley ao portal brasileiro.
O jovem ainda foi socorrido por uma equipa dos bombeiros, mas sem sucesso, acabando por morrer no local.
O suspeito fugiu do local após a agressão, mas acabou por se apresentar perante as autoridades horas mais tarde. A Polícia Judiciária anunciou esta quinta-feira que o detido ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, a de prisão preventiva.
Kildery trabalhava no restaurante há quatro meses e, segundo a irmã, não conhecia o grupo de rapazes. "Eles foram muito cobardes. Além de estarem a assediar as mulheres, ainda tiram a vida de um trabalhador que estava apenas a defendê-las", relatou.
Os dois irmãos são naturais da região nordeste de Minas Gerais, no Brasil. Chegaram a Portugal há dois anos para trabalhar e "realizar sonhos". "Ele só queria trazer a mãe para Portugal e tirar a carta de condução", contou.
O corpo de Kildery está previsto ser trasladado para o Brasil em aproximadamente 10 dias. Os custos foram suportados pelo dono do restaurante, em solidariedade à família, reporta ainda o G1.
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