"Foi publicado um edital que proíbe os banhos e a pesca lúdica em toda a extensão, desde o cais de cimentos [perto do restaurante Casa d'Oro] até à foz do rio Douro por precaução", afirmou hoje o capitão do Porto e comandante-local da Polícia Marítima do Douro e Leixões.
Aos jornalistas, no Largo do Calém, onde decorrem os trabalhos de limpeza das águas devido à descarga de materiais poluentes do incêndio ocorrido na segunda-feira na zona industrial do Porto, Silva Lampreia afirmou que a proibição "não afeta nenhuma praia fluvial".
A proibição abrange uma extensão de cerca de 2,7 quilómetros.
A Câmara do Porto está a tentar minimizar os efeitos da descarga de materiais poluentes na foz da ribeira da Granja e consequentemente no rio Douro, estimando concluir os trabalhos de limpeza na quarta-feira.
Também aos jornalistas, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, esclareceu que o impacto está contido na foz da ribeira da Granja, onde barreiras de contenção e meios de sucção estão a evitar que a descarga poluente chegue ao rio Douro.
"Para já, a situação está contida", afirmou o vice-presidente, acrescentando que até ao momento foram retirados 35 metros cúbicos de materiais poluentes das águas.
No terreno estão equipas de várias entidades, como a Águas e Energia do Porto, capitania dos portos do Douro e Leixões e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
Na segunda-feira, o incêndio que deflagrou no complexo do grupo Nors chegou a mobilizar para o local mais de 100 operacionais, apoiados por 45 veículos das três corporações do município do Porto, de Matosinhos, Maia, Pedrouços e Areosa -- Rio Tinto.
O alerta para o fogo foi dado pelas 13:38 e dado como "completamente extinto" pelas 18:30.
O incêndio destruiu as instalações da Auto Sueco Portugal, da Aftermarket Portugal e da Amplitude Seguros, empresas do grupo Nors.
[Notícia atualizada às 14h54]
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