Grávida com feto morto vê assistência negada no hospital das Caldas
A mulher de 31 anos só foi atendida depois de os bombeiros insistirem que levá-la para Coimbra, numa viagem que demoraria mais de uma hora, seria impossível.
© ShutterStock
País Obstetrícia
O Hospital das Caldas da Rainha negou, na manhã desta segunda-feira, atender uma mulher que tinha abortado em casa e que chegou àquela unidade hospitalar com o feto dentro de um saco.
A mulher de 31 anos, que estava grávida de 3 meses, só foi atendida depois de os bombeiros insistirem que levá-la para Coimbra, numa viagem que demoraria mais de uma hora, seria impossível.
A notícia foi avançada pela CNN Portugal e confirmada pelo Notícias ao Minuto junto do comandante dos bombeiros das Caldas da Rainha, que revelou que a mulher chegou ao hospital pelos próprios meios, onde lhe disseram que não a podiam admitir.
À porta do hospital, a perder sangue e com o feto num saco, a mulher teve de ligar para o 112, que acionou os bombeiros. O pedido de ajuda foi feito ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e pelas 07h21 uma ambulância da corporação foi acionada. "À chegada deparámo-nos com a mulher suada, a chorar, com muitas dores e uma forte hemorragia", revela o comandante, explicando que os bombeiros disseram ao marido para ir pedir ajuda dentro do hospital, embora o homem já o tivesse feito assim que chegaram.
"Veio o segurança cá fora informar-nos de que ela podia entrar", recorda, lamentando o sucedido.
O Notícias ao Minuto contactou o hospital das Caldas da Rainha, mas, até ao momento, não foi possível obter resposta.
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