Enfermeiros do hospital prisional de Caxias fazem greve na sexta-feira

Os enfermeiros do hospital prisional de São João de Deus (HPSJD), em Caxias, vão fazer greve na manhã desta sexta-feira, entre as 10:00 e as 13:00, anunciou hoje o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

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Lusa
08/08/2024 10:59 ‧ 08/08/2024 por Lusa

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Greve

 

 

O sindicato anunciou em comunicado que fará uma conferência de imprensa às 11:30 junto à unidade hospitalar para denunciar a ausência de soluções para diversos problemas apontados pelo menos desde 2018 à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e à tutela da Justiça.

Entre as reivindicações dos enfermeiros do HPSJD estão a regularização dos contratos precários e "a contratação de mais enfermeiros para garantia das dotações necessárias", a atualização do suplemento mensal de risco para estes profissionais e a abertura de novos concursos para as categorias de enfermeiro especialista e enfermeiro gestor.

Os enfermeiros do hospital prisional de Caxias exigem ainda uma "correta contabilização de pontos" para a carreira, com os consequentes reposicionamentos em termos salariais.

"Em causa estão um conjunto de situações problemáticas que se arrastam e agravam há anos, na DGRSP", referiu o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), sublinhando que "não houve resolução dos problemas enunciados, pelo que os enfermeiros decidiram avançar para esta luta e denúncia pública".

Em declarações à Lusa, o enfermeiro Rui Marroni explicou que a greve deve afetar o trabalho de cerca de 30 enfermeiros, um número que, segundo o profissional ligado ao SEP, já "está abaixo das necessidades" no HPSJD.

"Seria desejável haver um reforço de enfermeiros em todos os serviços. Marcámos um protesto e os serviços estarão nos mínimos. Devia haver um reforço de 50% dos enfermeiros e nas outras unidades passa-se a mesma coisa", alertou.

Rui Marroni adiantou ainda que "não houve nenhum concurso nos últimos quatro anos e meio para enfermeiros nos serviços prisionais" e salientou que o suplemento mensal de risco pago a estes profissionais de saúde nos serviços prisionais, num valor pouco acima dos 100 euros, já não é atualizado há 16 anos.

Destacou também que os enfermeiros especialistas que tinham esse título reconhecido pela Ordem dos Enfermeiros até 31 de maio de 2019 deviam transitar automaticamente para a categoria instituída pelo decreto-lei que entrou em vigor em junho desse ano, algo que, segundo o próprio, não chegou a acontecer.

[Notícia atualizada às 12h12]

Leia Também: Trabalhadores da STCP novamente em greve no Porto a partir de 2.ª-feira

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