A fonte da Polícia Judiciária (PJ) indicou à agência Lusa que o suspeito, um homem de 74 anos, de nacionalidade espanhola, que se encontra em prisão preventiva, está indiciado de um total de sete crimes.
Dois deles, continuou, são por homicídio na forma tentada com recurso a arma de fogo, e outros dois são por sequestro e rapto consumado.
O suspeito está ainda indiciado de dois crimes de natureza sexual, revelou a mesma fonte, escusando-se a precisar, em relação a estes, qual o tipo de conduta que está em causa.
Segundo a fonte da PJ, o homem é também suspeito do crime de posse de arma proibida.
A mesma fonte assinalou que, nos últimos dias, a PJ fez uma reconstituição dos acontecimentos com base nos relatos que obteve, que incluiu o levantamento de imagens tridimensionais, para juntar ao processo judicial.
Após ser presente, esta quinta-feira, a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Nisa, o homem ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, tendo sido encaminhado para o Estabelecimento Prisional de Elvas.
As duas jovens, de 17 e 22 anos, foram atingidas por tiros de caçadeira, sofrendo ferimentos considerados graves, junto à barragem de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide, na terça-feira à noite, disse à Lusa a GNR.
O suspeito da autoria dos disparos, o homem de 74 anos, de nacionalidade espanhola, foi detido logo no local da ocorrência, segundo disse a GNR, na altura.
De acordo com a mesma fonte, quando chegaram ao local, os militares da guarda encontraram as jovens manietadas, uma delas com braçadeiras de plástico, ambas despidas da cintura para baixo, e o suspeito em roupa interior.
O alegado agressor ainda se colocou em fuga, mas foi localizado nas águas da barragem e, depois, detido.
A fonte da GNR adiantou que o suspeito reside junto à barragem e, quanto às jovens, uma vive em Castelo de Vide e a outra na zona de Lisboa.
As duas vítimas, uma com ferimentos na zona lombar e a outra atingida numa das mãos, foram transportadas para o hospital de Portalegre e, depois, transferidas para o de São José, em Lisboa, de acordo com Ilídio Pinto Cardoso, porta-voz da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Alentejo.
A investigação do caso está a cargo da Polícia Judiciária.
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