Uma menina com cerca de três anos foi abandonada, ao início da manhã desta quinta-feira, dentro de um carrinho de bebé junto à estação ferroviária de Entrecampos, em Lisboa. A mãe foi encontrada "visivelmente embriagada" na via pública pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
Do alerta à localização, eis o que se sabe sobre o caso:
A menina foi encontrada por um transeunte, que decidiu alertar as autoridades pelas 6h10, após ter testemunhado uma pessoa a deixar um carrinho de bebé na Avenida 5 de Outubro, junto à estação de Entrecampos, e a abandonar o local.
Após o alerta, a polícia dirigiu-se para o local e a criança foi transportada para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, para ser vista por profissionais de saúde. No entanto, segundo adiantou fonte da PSP, a menina estava num estado "normal" de saúde.
A polícia deu então início às diligências para conseguir identificar quem abandonou a menina, tendo recolhido imagens de videovigilância de vários estabelecimentos perto do local.
Cerca de três horas depois, pelas 9h30, apurou-se então que a criança foi deixada pela mãe e a mulher foi localizada "visivelmente embriagada na via pública", tendo sido posteriormente levada para uma esquadra da PSP, na Penha de França.
Até ao momento, a autoridade conseguiu apurar que a mulher "esteve num bar durante a madrugada e, depois de ter saído do bar, terá deixado a criança na via pública".
Já durante a inquirição na PSP, a mãe apresentou um discurso que "não é incoerente" e apresentou "ideias dispares cada vez que falava", tendo inclusive começado por dizer que a criança tinha sido raptada.
Após ter sido ouvida pelas autoridades, a mulher, natural de São Tomé e Príncipe e com idade "à volta de 25 anos", foi constituída arguida e o Ministério Público (MP) tomou conhecimento do caso, segundo avançou a CNN Portugal.
A menina irá agora "ser retirada à mãe", ao abrigo do artigo 91.º da lei de proteção de crianças e jovens em perigo, "uma vez que a mãe não é idónea para ficar com a criança e também não há familiares conhecidos".
A criança, que tem uma "deficiência congénita, uma malformação" foi avaliada por um médico, que concluiu que não aspirava "nenhum cuidado específico", tendo sido transportada pelas 16h35 para uma casa de acolhimento, em Lisboa.
[Notícia atualizada às 21h04]
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