Na quarta-feira de manhã, um incêndio deflagrou na freguesia da Serra de Água, Ribeira Brava, numa zona de difícil acesso, e alastrou-se depois a outras zonas daquele concelho, e, na quinta-feira à noite, as chamas propagaram-se às zonas altas do município vizinho de Câmara de Lobos, atingindo as serras do Jardim da Serra.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento, indicou que hoje à tarde a situação nas zonas da Serra de Água e do Espigão está relativamente controlada, registando-se apenas alguns reacendimentos. Há, inclusive, chamas na Trompica, numa zona florestal que não ameaça habitações.
Ainda assim, o autarca admitiu preocupação "enquanto o fogo não estiver extinto", e realçou que as temperaturas elevadas e o vento estão a dificultar o combate e podem potenciar reacendimentos.
No concelho vizinho de Câmara de Lobos, "a situação não está fácil", reconheceu o presidente do município, Leonel Silva, à Lusa.
"O fogo está bastante ativo, infelizmente", afirmou, referindo que estão duas frentes ativas, uma delas na zona da Boca da Corrida, com acesso "extremamente difícil" e com uma "significativa" área florestal já queimada.
Na zona da Achada, o fogo "ainda está longe das habitações", estando, neste momento a "aproximar-se de uma zona agrícola".
"As condições climatéricas não estão favoráveis ao trabalho dos bombeiros", lamentou o autarca.
Quanto à área ardida, os presidentes de Câmara dizem ainda não ter a contabilização.
Estes fogos rurais têm mobilizado bombeiros da Ponta do Sol e Ribeira Brava, Câmara de Lobos, e os Bombeiros Voluntários Madeirenses, assim como elementos da PSP e do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza.
Também o meio aéreo do Serviço Regional da Proteção Civil, com a respetiva brigada helitransportada, tem sido mobilizado, mas de forma condicionada devido ao vento forte.
As costas norte e sul da Madeira, assim como as regiões montanhosas, encontram-se hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave numa escala de três), devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Sob aviso amarelo, o menos grave, está a ilha do Porto Santo.
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