O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou, esta segunda-feira a "muito boa coordenação entre Governo e Proteção Civil" na reação ao sismo de magnitude 5,3, sentido hoje um pouco por todo o país.
Após a reunião, no Palácio de Belém, com o primeiro-ministro em exercício, Paulo Rangel, que está a substituir Luís Montengro durante as férias deste, Marcelo falou ao país, confirmando que, "até ao momento, não há conhecimento de danos pessoais ou patrimoniais", apesar desta ser uma informação, como relembro, "sujeita a atualizações".
Outra "boa notícia", salientou o Chefe de Estado" é o facto das "réplicas terem uma tendência descrescente", ao contrário do que se passou em 1969, no sismo que matou 13 pessoas em Portugal Continental.
Contudo, a novidade nas declarações de Marcelo ao país é mesmo a "capacidade de resposta muito rápida" das autoridades perante a situação e que, segundo o Presidente da República, "só não foi mais rápida porque havia que validar a informações entre as 5h11 e as 5h45/50 minutos".
"A muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil. De facto, o senhor primeiro-ministro em funções comunicou à Presidência da República muito poucos minutos depois de ter sabido e muito poucos minutos depois de ter ocorrido o sismo e decidiu imediatamente fixar a reunião das 9h e foi ajustado o encontro para as 10h. Não se sabia na altura da incidência total - que felizmente não é a que se temia - do sismo", contou.
Marcelo quer por isso passar uma mensagem "muito simples" à população: "Serenidade, tranquilidade, normalidade".
Site do IPMA em baixo?
Apesar de Marcelo Rebelo de Sousa ter realçado a "rápida" resposta da Proteção Civil ao sismo, o site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), assim como de outras autoridades, esteve em baixo durante algum tempo, fazendo com que as pessoas não conseguissem aceder ao mesmo.
O Presidente da República foi questionado sobre esta "falha na comunicação", assim como o facto da maioria da população não ter recebido a "SMS" da Proteção Civil com o alerta.
Confrontado com esta situação, Marcelo voltou a falar do "curto lapso de tempo" da capacidade de resposta das autoridades, assim como da "validação dos danos ou não danos", da "insidência do sismo" e da "precisão do sismo", garantindo que, "neste aspeto", que considerou ser "o mais importante", "funcionou aquilo que devia ter funcionado".
Sobre os "pormenores de comunicação e à capacidade de fazer face aquilo que é a resposta da parte dos portugueses ao quererem informação", o Chefe de Estado disse que "a Proteção Civil está atenta" e que "também disso se retiram informações para o futuro", agradecendo à comunicação social, que "foram essenciais na comunicação aos portugueses".
Recorde-se que, esta segunda-feira, foi registado um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter às 5h11, com epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal. Apesar do 'abanão', este não causou danos pessoais ou materiais até ao momento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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