A sede da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), localizada na Rua de São Mamede, em Lisboa, foi alvo de uma "intrusão" na madrugada do dia 28 de agosto, que resultou no furto de "alguns computadores".
A informação foi confirmada, a 30 de agosto, pela tutela, referindo que esta "intrusão" só terá sido possível "através do escalamento de um prédio contíguo, que se encontra a ser intervencionado".
Entretanto, na segunda-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve um homem que é suspeito de ter levado a cabo este assalto. O Notícias ao Minuto contactou a PSP para obter novidades sobre esta detenção, aguardando ainda resposta.
Segundo as informações avançadas pela CNN Portugal, trata-se de um homem de 39 anos, que deverá ter agido sozinho. Não foi possível, porém, recuperar o material furtado.
"Foram furtados alguns computadores, sendo que alguns deles ainda não tinham tido uso já que são de reserva/substituição", disse o ministério tutelado por Margarida Blasco, na altura, garantindo que a "situação está a ser acompanhada pelas entidades de investigação criminal competentes".
Já segundo o jornal Observador, "vários gabinetes" foram "remexidos" durante a intrusão, sendo que um dos computadores furtados pertencerá à secretária-geral adjunta do MAI, Teresa Costa.
O mesmo meio de comunicação diz que o furto terá ocorrido pelas 5h00, mas o alerta só terá sido dado horas depois (às 9h52, segundo a Lusa), pelo agente da PSP em permanência no local, quando os funcionários se aperceberam que "diversos gabinetes estavam desarrumados e com sinais de terem sido remexidos".
Partidos querem ouvir ministra
Na sequência do assalto ao MAI, tanto a Iniciativa Liberal (IL) como o Partido Socialista (PS) pediram audições à ministra da Administração Interna no Parlamento "com caráter de urgência".
Os socialistas acusaram uma "falha de segurança grave, que levanta questões sérias sobre a proteção da informação sensível contida nos computadores furtados e a possível violação de dados pessoais de cidadãos".
Já a IL acusou "uma aparente inexistência de cultura de segurança em instituições do Estado", demonstrada por este caso e por outros episódios do passado. Tal "coloca em causa, além da segurança do país e dos cidadãos, a credibilidade junto de parceiros internacionais, sobretudo num crescente contexto internacional de hostilidade", frisou.
[Notícia atualizada às 09h52]
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