A retirada do helicóptero acidentado prolongou-se pela tarde e noite e foi feita de forma faseada, tendo, num primeiro momento, sido usado um camião com grua para a sua remoção do local do acidente, entre árvores que foram desbastadas durante a manhã, e colocação num terreno plano.
Nessa fase, segundo explicou à agência Lusa o comandante dos bombeiros de Mondim de Basto, Carlos Magalhães, foi feita a trasfega do combustíveis da aeronave que foi, depois, colocada num camião de menor dimensão por causa das acessibilidades existentes naquela área.
O helicóptero foi devidamente acondicionado, envolvido numa lona de proteção e, deste camião foi transferida para um outro veículo pesado, de maiores dimensões para ser retirado deste local da freguesia de Atei, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real.
Durante a operação, que foi dada como concluída pelas 21h00, estiveram empenhados 20 operacionais e oito viaturas dos bombeiros de Mondim de Basto e da Proteção Civil Municipal para prevenção e apoio aos trabalhos realizados pela empresa detentora da aeronave.
O acidente ocorreu pelas 12h55 de segunda-feira, no momento em que a aeronave AW139, sediada em Macedo de Cavaleiros, se preparava para aterrar em Mondim de Basto, para socorrer um ferido num acidente de trabalho numa pedreira.
Ao aterrar na zona de uma pedreira, a aeronave levantou uma nuvem de pó, embateu em árvores ali existentes e tombou lateralmente.
A investigação às causas do acidente vai ser feita pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
A bordo seguiam quatro tripulantes - o piloto, copiloto, médico e enfermeiro - que, segundo informações prestadas após o acidente pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), foram transportados para o Hospital de Vila Real por precaução e tiveram alta hospitalar no mesmo dia.
O helicóptero ficou inoperacional e hoje o INEM esclareceu que o contrato com a empresa Avincis para o serviço de helicópteros de assistência prevê a substituição do equipamento em 24 horas.
Entretanto a empresa explicou que o helicóptero de reserva previsto no contrato, entre o INEM e a Avincis, está a ser alvo de uma manutenção programada e, por isso, não houve substituição no prazo de 24 horas.
Salientou, no entanto, estar a trabalhar com o INEM num plano para retomar o serviço em Macedo de Cavaleiros "o mais rapidamente possível".
"A aeronave de reserva do mesmo modelo, AW139, encontra-se em manutenção programada. Estamos a procurar concluir esses trabalhos tão rápido quanto seja possível, tendo em conta que a segurança é a nossa principal prioridade. Permanece, contudo, em operação um outro helicóptero AW139, além de dois AW109", disse à Lusa fonte oficial da operadora para o serviço de helicópteros de assistência.
O dispositivo de emergência médica contratualizado entre o INEM e a Avincis é constituído por dois helicópteros a operar em turnos de 24 horas - desde as bases de Macedo de Cavaleiros e Loulé - e outros dois helicópteros em turnos de 12 horas, sediados nas bases de Viseu e Évora.
Com este acidente, o socorro através de helicópteros fica reduzido a três aeronaves e apenas uma em regime permanente, somente na região sul do país.
Leia Também: Afinal, helicóptero de substituição para INEM está parado para manutenção