O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, recusou, esta segunda-feira, comentar a fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.
Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, o ministro foi questionado diversas vezes sobre o incidente, mas recusou comentar, remetendo mais esclarecimentos para a ministra da Justiça, que fará amanhã uma conferência de imprensa.
Leitão Amaro explicou Rita Júdice "pediu imediatamente" uma análise ao caso, que "ficou combinado ser entregue amanhã".
Entretanto, o Ministério da Justiça veio anunciar que a ministra irá fazer uma conferência de imprensa amanhã, terça-feira, pelas 17h00, "na sequência dos factos ocorridos no fim de semana no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus".
"Nessa sequência, [a ministra da Justiça] fará uma declaração e uma prestação de informações mais completa. Não vou eu antecipar conclusões", disse, considerando tratar-se de uma "situação preocupante e delicada que merece da parte do Governo toda a atenção".
"É evidente que esta é uma situação preocupante e é evidente que não é alheia a um ciclo de desinvestimento nos serviços prisionais e às dificuldades de recursos humanos, mas não quero acrescentar mais nada", atirou.
Recorde-se que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) anunciou, na manhã de sábado, que cinco reclusos fugiram do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, no distrito de Lisboa.
Uma avaliação preliminar, através das imagens de videovigilância, aponta que os cinco homens terão fugido pelas 10h00 "com ajuda externa através do lançamento de uma escada, que permitiu aos reclusos escalarem o muro e acederem ao exterior", referiu a DGRSP.
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e 61 anos.
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Condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, entre os crimes estão tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
[Notícia atualizada às 16h39]
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