Luís Montenegro falava à comunicação social na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), tendo ao seu lado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, onde também confirmou que o Governo prolongou o estado de alerta até ao final do dia de quinta-feira.
"Do ponto de vista do apoio às populações e às autarquias locais que têm sido atingidas, está criada uma equipa multidisciplinar no Governo, coordenada pelo sr. ministro Adjunto e da Coesão Territorial, que se vai instalar já amanhã [terça-feira] de manhã no concelho de Aveiro", anunciou.
Segundo Montenegro, esta equipa "já está a programar e a agendar reuniões com os autarcas dos municípios mais atingidos" e vai integrar secretários de Estado da Saúde, Educação, Segurança Social, Habitação, Florestas e Administração local.
Questionado se o Ministério da Administração Interna não integrará essa equipa multidisciplinar, o chefe do Governo respondeu que este gabinete "não é operacional".
"O MAI está concentrado e muito bem nas questões operacionais", afirmou, tendo ao seu lado a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
O primeiro-ministro explicou que este gabinete vai, "em diálogo direto e imediato com as autarquias locais", tratar do "apoio mais urgente" e das necessidades mais imediatas, como colocar escolas das zonas afetadas a funcionar e preparar as unidades de saúde "para receber e tratar pessoas".
Já o Ministério das Infraestruturas e Habitação vai começar "a programar o alojamento e a recuperação das habitações que foram atingidas", explicou, enquanto ao nível do Ministério da Agricultura será dado "todo o apoio àqueles que perderam a capacidade de produção" e, ao nível do do Trabalho e Segurança Social, serão avaliadas as respostas sociais e para dar apoio psicológico às populações.
Questionado se pretende visitar os locais afetados pelos incêndios, Montenegro disse que, neste momento, a concentração do Governo é que as entidades que estão envolvidas no combate aos incêndios "possam ter todas as condições para serem operacionais, para se coordenarem".
"Há uma outra frente que o Governo pode e deve intervir, que é a frente de apoio com todos os serviços que nós tutelamos, é isso que estamos a fazer, criando já amanhã um gabinete", reiterou, explicando que, apesar de ter sede no concelho de Aveiro, irá acompanhar todo o território afetado.
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