Incêndio continua a "lavrar com muita intensidade" em Castro Daire

O incêndio que deflagrou em Castro Daire "continua a lavrar com muita intensidade", permanecendo ativo em todas as frentes e com grandes projeções a obrigar à reposição dos meios de combate, avançou a Proteção Civil.

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Lusa
19/09/2024 02:18 ‧ 19/09/2024 por Lusa

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Incêndios

À Lusa, fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou esta madrugada que o incêndio, com frente ativa no concelho de Castro Daire, "continua a lavrar com muita intensidade" em povoamento misto (pinheiro, eucalipto e mato) e num perímetro de "grande extensão".

 

O incêndio continua ativo em todas as frentes, estando os operacionais a proteger os "pontos sensíveis" que vão aparecendo ao longo da sua extensão, acrescentou a mesma fonte.

"O trabalho tem sido eficaz e não há relato de qualquer habitação ou aviário ardido", referiu o porta-voz da ANEPC.

Já em São Pedro do Sul, concelho para onde o fogo se alastrou, estão duas frentes ativas, sendo que numa das frentes o incêndio está "50% dominado e arde em povoamento", numa referência a uma zona de árvores, acrescentou a mesma fonte.

A zona sul do concelho de São Pedro de Sul é, neste momento, considerada "zona sensível" pela ANEPC, estando os meios a atuar para evitar a entrada das chamas na zona de Covas do Rio.

Em declarações à Lusa pelas 23:00 de quarta-feira, o presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, Vitor Figueiredo, adiantou que o combate ao fogo iria ser reforçado durante a madrugada com a chegada, prevista para as 03:00, de 120 bombeiros espanhóis e 40 viaturas.

Cinco aldeias de duas freguesias de São Pedro do Sul estiveram isoladas durante a tarde de quarta-feira, devido ao incêndio que às 15:30 tinha cinco frentes ativas.

De acordo com o autarca, às 23:00 de quarta-feira já não havia nenhuma povoação isolada.

No concelho arderam algumas casas de segunda habitação e palheiros, mas não há vítimas a registar, acrescentou Vitor Figueiredo.

Em declarações à Lusa na quarta-feira à tarde, o autarca de São Pedro do Sul tinha dito que as escolas do município vão manter-se encerradas hoje, até porque "há várias estradas cortadas no concelho" e "há a necessidade de evitar deslocações".

O incêndio deflagrou no concelho de Castro Daire às 21:23 de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões, e pelas 01:55 mobilizava 486 operacionais, apoiados por 154 meios terrestres, de acordo com informação disponível no portal oficial da ANEPC na Internet.

O fogo entrou em São Pedro do Sul na terça-feira ao início da noite.

De acordo com um balanço da ANEPC, pelas 01:35, eram 11 os incêndios ativos e não dominados em Portugal continental. O combate a estes incêndios mobilizava 2.365 operacionais, apoiados por 732 meios terrestres.

Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

Leia Também: Incêndio em Águeda "dominado em todas as frentes" desde as 00h30

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