Artur Mota disse esta manhã que estava previsto que 120 operacionais Unidade Militar de Emergência espanhola reforçassem o combate ao fogo no concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas que, devido a um agravamento da situação em castro Daire, foram mobilizados para aquele incêndio no distrito de Viseu.
Esta manhã, a situação no concelho - o foi mais afetado esta semana pelos incêndios no distrito de Vila Real - "está mais calma", mantendo-se ativo o fogo que lavra numa zona de Pinhal em Sabroso de Aguiar.
Este fogo começou na segunda-feira, rodeou casas, a zona industrial e pedreiras, subiu a serra até se aproximar de Vilela da Cabugueira e seguia em direção a Vidago, já no concelho de Chaves, uma frente que foi travada pela atuação de oito aviões pesados que, ao final de tarde de quarta-feira, fizeram 24 descargas de água na zona mais critica.
"É o local que nos oferece mais perigo. Se o resolvermos à partida o resto vai ser vigilância, mas até à noite ainda vamos ter situações mais complicadas porque prevê-se um agravamento da meteorologia com um aumento da intensidade do vento para o final da tarde", referiu, num ponto de situação feito às 09:00.
No fogo de Sabroso de Aguiar estão mobilizados 99 operacionais e 33 viaturas, estando a ser posicionados outros homens na zona dos restantes três incêndios que lavraram no concelho desde segunda-feira e que foram dados como estando em resolução quarta-feira à noite.
Um relatório preliminar indica que os incêndios que deflagraram no concelho de Vila Pouca de Aguiar na segunda-feira queimaram uma área de cerca de 8.000 hectares de floresta, mato e propriedades agrícolas.
Ardeu uma habitação em Zimão, deixando um idoso desalojado, foram também atingidas cinco casas devolutas, vários armazéns agrícolas, um armazém industrial e uma estufa.
Sete pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
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