Às 07:00, cerca de 2.700 operacionais, apoiados por 838 meios terrestres, combatiam 44 incêndios (em curso, em conclusão e resolução) em todo o território de Portugal continental,
De acordo com informação disponível no site oficial da ANEPC na Internet, os dois fogos em Castro Daire, no distrito de Viseu, eram os que me preocupavam e meios mobilizavam, apesar da mudança no estado do tempo, com alguns aguaceiros registados na região.
O fogo que deflagrou às 21:23 de quinta-feira em Mões/Soutelo, no concelho de Castro Daire, mobilizava 726 operacionais, com o apoio de 231 meios terrestres.
Já o incêndio que deflagrou às 12:46 de terça-feira em Pinheiro, Moção, em Castro Daire, estava a ser combatido por 86 operacionais, com o apoio de 30 veículos.
Num ponto de situação, cerca das 00:50, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Viseu Dão Lafões, Miguel Ângelo David, disse que "há muito trabalho pela frente" no incêndio de Castro Daire e que "não é por caírem umas pinguinhas que poderemos considerar as coisas resolvidas".
"Não choveu em todo o lado. [...] Caíram umas pingas nalguns sítios, em alguns sítios também tenho reporte que choveu muito, mas as equipas continuam a fazer os trabalhos", disse Miguel Ângelo David à agência Lusa.
O comandante disse que houve "um reforço de dispositivo", e que as equipas continuam "a operar com maquinaria, com os grupos de combate e com linhas de progressão no terreno, que é muito escarpado".
De acordo com a proteção civil, o incêndio em Penalva do Castelo, distrito de Viseu, entrou esta madrugada em fase de resolução.
Também o incêndio que deflagrou na freguesia de Alvarenga na quarta-feira à tarde em Arouca, concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto (AMP), entrou hoje em fase de resolução.
Em fase de resolução estavam também os dois fogos que deflagraram em Sabroso de Aguiar e em Veria de Jales e Quintã e que sofreram reativações na quinta-feira à tarde em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.
Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.
A ANEPC contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.
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