Álvaro Sobrinho acusado de branquear dinheiro através da SAD do Sporting

Em causa está a "transferência ilícita de 20 milhões de euros" do Banco Espírito Santo de Angola (BESA) para a SAD do Sporting.

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Notícias ao Minuto
23/09/2024 15:44 ‧ 23/09/2024 por Notícias ao Minuto

País

Polícia Judiciária

O empresário luso-angolano Álvaro Sobrinho, ex-presidente do Banco Espírito Santo de Angola (BESA), foi acusado do crime de branqueamento agravado na sequência de uma investigação da Polícia Judiciária (PJ), informou, esta segunda-feira, aquela autoridade.

 

"A investigação da PJ permitiu comprovar a transferência ilícita de 20 milhões de euros do BESA para a SAD leonina, deixando Álvaro Sobrinho com 29.85% do capital do Sporting Clube de Portugal SAD", lê-se na nota enviada às redações, que acrescenta que o "ex-presidente do BESA Angola usou uma sociedade que controlava e da qual era acionista maioritário, como veículo de investimento na SAD".

Segundo a PJ, Álvaro Sobrinho "terá transferido cerca de 16 milhões de euros, verba que seria para utilizar na compra do passe de jogadores para o clube e depois receber em troca uma percentagem da sua venda".

"Essas transferências foram feitas a partir de contas do BESA domiciliadas em Lisboa, cujos fundos se destinavam a financiar a atividade do banco, mas que o arguido utilizou como se fossem seus, convertidos, depois, em ações", acrescenta o comunicado.

Além dos 16 milhões de euros, foram "investidos na SAD do Sporting mais quatro milhões, também oriundos do BESA".

Sublinhe-se que Álvaro Sobrinho foi pronunciado em julho para julgamento no processo do BES Angola, juntamente com o antigo presidente do BES Ricardo Salgado e os ex-administradores Amílcar Morais Pires, Rui Silveira e Helder Bataglia.

O ex-banqueiro angolano é acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento, sendo suspeito de se ter apropriado indevidamente de centenas de milhões de euros, num caso cujos factos terão ocorrido entre 2007 e julho de 2014.

A acusação do processo BESA foi conhecida em julho de 2022 e respeita à concessão de financiamento pelo BES ao BESA, em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário. Por força desta atividade criminosa, a 31 de julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.

[Notícia atualizada às 18h04]

Leia Também: PJ deteve duas pessoas e apreendeu veleiro com 100 quilos de cocaína

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