"Relativamente à nossa convicção quanto à aprovação do Orçamento, ela não se alterou, mantém-se", afirmou o ministro da Presidência na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros que aprovou a versão final da proposta de orçamento.
No Palácio da Ajuda, em Lisboa, António Leitão Amaro disse que agora é tempo da deliberação interna dos partidos da oposição, e indicou que o PS "tomará o seu tempo e anunciará a decisão no seu tempo". e "no momento que entender mais adequado".
"A proposta de Orçamento estava politicamente já preparada ontem, foi fechada hoje. As negociações com o PS foram concluídas. Agora, e é normal, há um período de deliberação interna do PS que aguardaremos com toda a serenidade e com toda a tranquilidade", referiu, ressalvando que o Governo não tem "mais nenhuma informação privilegiada" sobre o sentido de voto dos socialistas.
O ministro disse também que nas últimas semanas houve "uma aprofundada negociação com o PS, porque dos partidos com capacidade de aprovar foi o que se dispôs com seriedade para a negociação", processo que foi "ativo e intenso nos últimos dias e que resultou na apresentação de um conjunto de preocupações e a aceitação e inclusão no orçamento das preocupações relativas ao ano de 2025".
"Da parte do Governo houve um esforço muito grande para criar condições para a viabilização do orçamento, criando um equilíbrio entre as linhas mestras e os princípios fundamentais do nosso programa de Governo e as preocupações fundamentais manifestadas pelo partido maior da oposição", referiu.
Sobre o Chega, Leitão Amaro considerou que este partido "não é nada claro, já quis tudo e o seu contrário".
"Isso torna, e tornou, e o senhor primeiro-ministro disse-o ontem, que tornou inviável, inútil, considerar a sua participação, porque a participação não conta para nada, a não ser uma tremenda confusão e alteração de posições", defendeu.
Ainda na linha de Luís Montenegro, o ministro da Presidência afirmou que "qualquer que seja o voto de qualquer um dos partidos" não incomodará o Governo, indicando que respeitará a decisão de cada um e que "todos os votos no parlamento são votos com igual legitimidade democrática".
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