O primeiro-ministro, Luís Montenegro, condenou, esta quarta-feira, a decisão "injustificada" de Israel de considerar o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, 'persona non grata'
"Consideramos inaceitáveis os incidentes que têm provocado o ferimento de capacetes azuis nas missões das Nações Unidas no Líbano", afirmou no debate preparatório para o Conselho Europeu, na Assembleia da República, condenando "uso excessivo da força por parte de Israel em Gaza e expansão dos colonatos na Cisjordânia"
O primeiro-ministro condenou ainda "a posição injustificada do governo israelita face ao secretário-geral das Nações Unidas, considerando-o 'persona non grata'".
Em causa, recorde-se, está o facto de o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ter anunciado, no início do mês, que o país declarou o português como 'persona non grata', criticando-o por não ter condenado um ataque massivo do Irão a Israel.
Para Montenegro, é "urgente inverter a escala de tensões e a banalização da violência" no Médio Oriente. "Continuamos a defender a necessidade de um cessar-fogo imediato e permanente para melhorar a distribuição da ajuda humanitária, a libertação de reféns, bem como o apoio à Autoridade Palestiniana para a solução de dois Estados", acrescentou.
Já no que diz respeito ao conflito na Ucrânia, Montenegro afirmou que será reiterado "o compromisso de apoio inabalável da União Europeia ao governo e ao povo ucraniano" Este apoio será "em todas as dimensões, em linha com o acordo bilateral em matéria de segurança" assinado com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a sua visita a Portugal, e com a União Europeia e a aliança transatlântica NATO.
Sublinhe-se que está a decorrer, esta quarta-feira, na Assembleia da República, um debate preparatório do Conselho Europeu, que acontecerá amanhã, em Bruxelas.
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