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"É um marco". Especialidade de Medicina de Urgência formalmente criada

A nova especialidade de Medicina de Urgência e Emergência está formalmente constituída, no âmbito de um regulamento publicado em Diário da República, mais de duas décadas depois deste processo se ter iniciado.

"É um marco". Especialidade de Medicina de Urgência formalmente criada
Notícias ao Minuto

25/10/24 18:26 ‧ Há 1 Hora por Lusa

País Medicina

"Este é um marco na saúde em Portugal e um sinal de esperança para os médicos que trabalham nas urgências dos hospitais, mais de 20 anos após o início do processo", afirmou o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), citado num comunicado hoje divulgado.

 

Esta nova especialidade está consagrada no regulamento geral dos Colégios de Especialidade, Secções de Subespecialidade e Colégios de Competências da OM que foi publicado na quinta-feira em Diário da República.

A criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência foi aprovada em 23 de setembro pela Assembleia de Representantes da ordem, depois de ter sido "chumbada" numa primeira votação no final de 2022, durante o mandato do anterior bastonário, Miguel Guimarães.

Após essa rejeição, o atual bastonário, Carlos Cortes, criou um grupo de trabalho com representantes de colégios de várias especialidades, o que permitiu gerar o consenso necessário à aprovação em Portugal de uma especialidade que já existe em dezenas de países europeus.

Segundo a OM, a nova especialidade inclui os conhecimentos e competências necessárias à prevenção, diagnóstico, tratamento imediato e gestão de aspetos urgentes e emergentes das condições resultantes de doença ou trauma, afetando pessoas de todas as faixas etárias.

Pretende aliviar, de forma complementar e colaborativa, o trabalho de outras especialidades atualmente sujeitas a enorme pressão e, desta forma, contribuir para a melhoria global da capacidade de resposta dos serviços de urgência, salientou a ordem.

"É um passo importante para uma maior diferenciação e especialização dos médicos que trabalham nos serviços de urgência", realçou ainda o bastonário, para quem é "fundamental criar melhores condições para os médicos que desenvolvem a sua atividade nas urgências, para tornar esta área mais atrativa".

A criação desta especialidade "não resolve todas as dificuldades dos serviços de urgência, mas é, certamente, um contributo relevante", referiu ainda Carlos Cortes.

A criação desta nova especialidade consta também do Plano de Emergência e Transformação da Saúde do Governo, com o ministério de Ana Paula Martins a pretender abrir já no próximo ano as primeiras vagas para formar especialistas em Medicina de Urgência.

"Dada a importância desta medida, estão já a ser realizados esforços no sentido de se aprovar a criação da especialidade Médica de Urgência até ao final de 2024, para em 2025 serem disponibilizadas as primeiras vagas para internato", refere o plano aprovado pelo executivo no final de maio.

Esta medida é uma das que o Ministério da Saúde considera prioritárias no eixo "Cuidados Urgentes e Emergentes" do plano, com o objetivo de permitir a especialização médica numa área de impacto direto na qualidade dos cuidados de saúde prestados a doentes que correm risco de vida.

No documento, o Governo salienta que esta especialidade é "firmemente reconhecida" e existe já em 31 países da Europa e em cerca de 83 países a nível mundial.

Leia Também: Plano para urgências "nada" inclui sobre "captação de médicos"

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