Aldeia algarvia defende jovem que matou pai após "15 anos de maus-tratos"

Jovem está em prisão domiciliária desde março. Petição já conta com mais de 800 assinaturas.

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Natacha Nunes Costa
22/11/2024 12:57 ‧ 22/11/2024 por Natacha Nunes Costa

País

Violência

Os habitantes de Santa Catarina da Fonte do Bispo, em Tavira, no Algarve, criaram uma petição pública a pedir a libertação de um jovem, de 21 anos, que matou o pai, com sete facadas, para defender a mãe, em dezembro de 2023.

 

Segundo os signatários, Maurício foi "vítima de maus-tratos durante 15 anos" e "não constitui nenhum perigo para a comunidade". Por isso, pedem ao tribunal que este seja "libertado".

O "Movimento Cívico pela Liberdade do Maurício" foi criado quando o jovem ainda estava em prisão preventiva, onde permaneceu durante quatro meses. Neste momento, já se encontra em prisão domiciliária, à espera do julgamento, mas a petição continua a angariar assinaturas e, neste momento, conta já com 838.

Maurício está acusado de homicídio simples e arrisca uma pena de 16 anos de prisão. O julgamento era para ter começado no passado dia 7 de novembro, mas foi adiado.

Segundo o jornal Expresso, nem o Ministério Público (MP) nem o juiz de instrução acolheram a tese de que matou para defender a própria vida ou a da mãe.

No entanto, a população jura a pés juntos que é ele a vítima, tal como a mãe e o irmão, a quem o pai - que estava sempre à procura de "guerrilhas" -  não só insultava como agredia e não admite que Maurício seja condenado.

Leia Também: Quase 10 mil já assinaram petição para que 'stealthing' seja crime sexual

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