O Ministério da Justiça e a Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) esclareceram, esta segunda-feira, que "não foram recolhidas provas, evidências ou indícios de qualquer tentativa de fuga" de reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra, no domingo, tendo dado conta de que "medidas preventivas foram acionadas por meras razões de cautela".
"O único facto concreto a reportar foi o recebimento de um telefonema anónimo, alertando para a iminente fuga de reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra. Não se podendo, de imediato, apurar a credibilidade e a origem deste telefonema, foi decidido acionar as medidas preventivas de segurança e de articulação com órgãos de polícia criminal", salientaram os organismos, num comunicado enviado às redações.
A mesma nota deu conta de que, "realizadas diligências e procedimentos de segurança, não foram recolhidos indícios que confirmem a existência de um plano, meios de fuga ou sequer tentativa de evasão".
O Ministério da Justiça e a DGRSP apontaram ainda que "está em curso o apuramento de eventuais responsabilidades (disciplinares ou criminais) sobre os factos causadores do alarme social e da perturbação no funcionamento do Estabelecimento Prisional de Coimbra" e salientaram ser falso "que a alegada fuga tenha sido detetada ou impedida pelos guardas prisionais, que todos os reclusos em causa pertençam ao Primeiro Comando Capital (PCC) do Brasil [e] que tenha havido qualquer intervenção dos Serviço de Informações e Segurança (SIS)".
Recorde-se que, no domingo, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) disse que 30 guardas e uma equipa de intervenção foram acionados na prisão de Coimbra, após um alerta de que seis reclusos ligados a uma organização criminosa tentariam fugir.
"Não chegou a acontecer a tentativa de evasão porque nós detetámos, através do sistema de informação e segurança, que funcionou, que havia seis indivíduos que pertencem ao PCC do Brasil, que estão lá presos, que iriam ontem [sábado] tentar fugir da cadeia de Coimbra", disse à agência Lusa o presidente da entidade, Frederico Morais.
De acordo com o responsável, foram ativados todos os mecanismos de segurança e chamados 30 elementos do corpo da guarda prisional, alguns de folga e outros de férias, e acionada uma equipa do grupo de intervenção para estar de prontidão no Estabelecimento Prisional de Coimbra caso fosse necessário intervir.
[Notícia atualizada às 22h31]
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