"No ano passado, vacinámos cerca de 250 mil pessoas dos 50 aos 59 anos e esperamos que este ano também consigamos alcançar este valor", adiantou à agência Lusa o subdiretor-geral da Saúde, André Peralta-Santos.
Segundo referiu, a decisão de alargar a vacinação sazonal a esta faixa etária deve-se à disponibilidade de doses, tendo em conta que atualmente existem em 'stock' cerca de 400 mil vacinas contra a gripe.
Perante esta disponibilidade, e como tem sido habitual noutros anos, a Direção-Geral da Saúde (DGS) vai "dando a possibilidade de outros grupos etários se vacinarem gratuitamente", referiu o subdiretor da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Peralta-Santos salientou a importância de essa vacinação ocorrer antes do início das festividades do Natal e Ano Novo, período de maior contacto social.
"Damos a possibilidade de vacinação gratuita [nas farmácias ou nos centros de saúde] a quem tem entre 50 e 59 anos antes do período de festas de Natal e Ano Novo para que as pessoas se possam proteger e tenham este momento de confraternização já vacinadas", realçou André Peralta-Santos.
Com quase três meses decorridos da campanha de vacinação sazonal, o subdiretor-geral da Saúde fez um "balanço globalmente muito positivo", com cerca de 2,2 milhões de pessoas vacinadas para a gripe e 1,5 milhões para a covid-19.
Destacou que a cobertura vacinal das pessoas com mais de 85 anos, que este ano tiveram pela primeira vez à sua disposição uma vacina da gripe de dose reforçada, já ultrapassou os 75%, que era o objetivo da DGS.
"Ainda queremos vacinar mais pessoas, especialmente, no grupo de 60 ou mais anos", referiu André Peralta-Santos, para quem a vacinação "é sempre um meio muito fácil" de proteção contra os efeitos mais nocivos da gripe e da covid-19.
Em relação à covid-19, o subdiretor-geral reconheceu que os números da cobertura vacinal são inferiores aos da gripe, alegando que isso já era expectável, tendo em conta que alguns estudos já apontavam para uma maior hesitação vacinal.
André Peral-Santos reafirmou ainda a mensagem de que a vacina contra o coronavírus é segura e que a covid-19 continua a provocar doença grave, especialmente, nos mais idosos.
"A perceção de risco que as pessoas têm atualmente da covid-19 é menor do que aquela que têm em relação à gripe e isso motiva-as a que se vacinem mais contra a gripe", explicou.
O subdiretor-geral considerou também muito positivo o alargamento da vacinação às farmácias comunitárias, em complementaridade com os centros de saúde, uma vez que permitiu aumentar os pontos de vacinação, com maior conveniência para as pessoas que pretendem se vacinar.
"Daquilo que depender da DGS, é um modelo que queremos manter", assegurou André Peralta-Santos.
A campanha de vacinação sazonal do outono-inverno 2024-2025 contra a gripe e a covid-19 arrancou em 20 de setembro em cerca de 3.500 pontos de vacinação em todo o país, com objetivo de vacinar 2,5 milhões de pessoas.
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