Governo diz que concorda com avaliação dos portugueses sobre imigração

O ministro da Presidência afirmou hoje que o Governo concorda com a apreciação dos portugueses manifestada num barómetro sobre as políticas de imigração que estavam a ser implementadas em Portugal.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Lusa
18/12/2024 18:51 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Imigração

"Eu creio que o juízo que os portugueses revelaram sobre o que tinham sido as políticas públicas de imigração é uma avaliação com a qual nós concordamos", afirmou António Leitão Amaro em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros.

 

O governante reagia ao inquérito da Fundação Francisco Manuel dos Santos hoje divulgado e que concluiu que cerca de dois terços dos portugueses querem menos imigrantes provenientes do subcontinente indiano, consideram a política de imigração demasiado permissiva e acusam os imigrantes de contribuírem para mais criminalidade, embora os considerem importantes para a economia.

"Os portugueses tinham toda a razão em relação ao regime que vigorou até este verão e até este Governo funcionar", salientou António Leitão Amaro, referindo-se à manifestação de interesse que vigorava no país e que foi extinta pelo atual executivo.

Além desta política de "porta escancarada", Leitão Amaro defendeu que também "há sintonia" na necessidade de reforçar a fiscalização e controlo, depois de ter sido extinto o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo o barómetro da imigração, 68% dos inquiridos consideram que a "política de imigração em vigor em Portugal é demasiado permissiva em relação à entrada de imigrantes", 67,4% dizem que contribuem para mais criminalidade e 68,9% consideram que ajudam a manter salários baixos.

Ao mesmo tempo, 68% concordam que os imigrantes "são fundamentais para a economia nacional".

Este barómetro avaliou, pela primeira vez, o sentimento dos portugueses em relação aos provenientes da Índia, Nepal e Bangladesh (que representam apenas 9% do total de imigrantes), verificando-se que 63% quer uma diminuição, o que não sucede com mais nenhum grupo.

Leia Também: Governo apela a Chega que repondere "chumbo" da unidade de estrangeiros na PSP

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