Falha de sistema informático afeta controlo fronteiriço nos Açores

Uma falha informática nos equipamentos de controlo fronteiriço de passageiros está a afetar aqueles serviços no aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, e nas Lajes, nos Açores, causando constrangimentos na operação, alertou hoje fonte sindical.

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© Facebook / Aeroportos dos Açores

Lusa
19/12/2024 15:59 ‧ há 2 horas por Lusa

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"O aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, e o Aeroporto das Lajes, na Ilha Terceira, estão há mais de um mês a funcionar sem um dos equipamentos essenciais ao controlo de passageiros nas fronteiras, devido a uma falha no sistema informático", disse à agência Lusa o dirigente nos Açores do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), Bruno Domingues.

 

Segundo o dirigente regional do SIAP, em causa estão equipamentos que permitem a leitura dos passaportes dos passageiros, aparelhos que "são operados pela PSP, mas a gestão da base é feita pela AIMA [Agência para a Integração Migrações e Asilo]".

Bruno Domingues disse à Lusa que as avarias já foram reportadas "várias vezes, há mais de um mês", mas "sem qualquer resposta" por parte da AIMA.

"Não há qualquer comunicação, nem tentativa de resolução do problema, porque a AIMA não se manifesta", apontou.

O dirigente regional nos Açores do SIAP explicou que a falha neste equipamento "sobrecarrega os elementos da PSP que assumem agora as funções do antigo SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras]", gerando "extensas filas" nos aeroportos e "colocando em causa a eficiência do controlo fronteiriço".

O SIAP recordou que, quando esta fiscalização era efetuada pelo SEF, existia um sistema de comunicação direto entre o aeroporto e o 'helpdesk', que geria o sistema, permitindo a rápida resolução de eventuais problemas.

"Com a centralização da ação e dos reportes nacionais na PSP, as informações urgentes perdem-se em inúmeros reencaminhamentos entre gabinetes e comandantes, afetando a eficácia e o tempo de resposta, num serviço que enfrenta intenso escrutínio devido à necessidade governamental e institucional de justificar a extinção do SEF. Essa burocracia institucional resulta na inoperabilidade de um sistema que sempre funcionou de maneira eficaz, sem uma solução visível no horizonte", aponta o Sindicato, numa nota de imprensa.

Em declarações à Lusa, o dirigente regional do SIAP admitiu que possam ocorrer "mais constrangimentos", tendo em conta um maior número de voos internacionais por altura do período festivo de Natal.

"Os equipamentos em causa permitem a leitura dos passaportes dos passageiros e a respetiva autorização de passagem, o que permite uma verificação mais rápida. No entanto, com as falhas no sistema, esse procedimento acaba por ser assumido pelos elementos da PSP", acrescentou.

A Lusa tentou obter uma reação junto da AIMA, mas sem resposta até ao momento.

Leia Também: Candidaturas ao Programa Capital Participativo Açores I alargadas

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