"É uma situação muito grave a que estamos a viver em Lisboa", afirmou Carlos Moedas, esta quinta-feira, em referência à greve dos trabalhadores da Higiene Urbana de Lisboa.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) frisou, em entrevista à SIC Notícias, que "durante três anos [houve] paz social e agora, de repente, uma greve em que, na mesa das negociações, simplesmente me é dito (...) que eu podia dar tudo, mas que mesmo dando tudo iriam fazer greve".
O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) terá assim recusado desconvocar a greve agendada para depois do Natal, o que para Carlos Moedas "não é justo para os lisboetas".
"Vai ser caótico. Nós vamos ter aqui não é um impacto de dois dias, são nove dias. Porque mesmo esses dias de greve às horas suplementares vai ser um impacto muito grande para a cidade", sublinhou o autarca.
Carlos Moedas reiterou que Lisboa "produz 900 toneladas de lixo por dia" e que, tendo em conta esses números e a época festiva, foi necessário implementar algumas medidas para amenizar o impacto da greve.
"Decidi imediatamente lançar uma equipa de 24 horas sobre 24h de gestão de crise que está agora na câmara" e, para além disso, referiu que vão ser distribuídos "contentores pela cidade com os presidentes da Junta (de Freguesia)".
Apesar das medidas realçou, mesmo assim, o impacto na saúde pública e o cheiro que emana de contentores com lixo por recolher e fez um novo apelo ao STML.
"Eu continuo sentado à mesa para negociar. Venham negociar, venham-me dizer o que é que precisam, eu estou aqui para ir ao encontro", frisou Moedas.
Os trabalhadores da Higiene Urbana em Lisboa convocaram uma greve geral, para 26 e 27 de dezembro, assim como uma greve ao trabalho extraordinário, entre o dia de Natal e a véspera de Ano Novo.
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