São vários os hospitais da região de Lisboa que, na manhã deste domingo, estão sob pressão para atender os doentes urgentes. Por volta das 11h00, os casos mais críticos eram o Hospital de Santa Maria, Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e Beatriz Ângelo, em Loures. Todos com tempos de espera prolongados, que superam as três horas, de acordo com o portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) dedicado aos tempos médios de espera.
Segundo o portal do SNS, consultado pelo Notícias ao Minuto esta manhã, o tempo mais prolongado é no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que apresenta um tempo de espera de 16 horas e 32 minutos na urgência central, com 28 pessoas em fila.
Ainda no distrito de Lisboa, o Hospital Fernando Fonseca, também conhecido como Amadora-Sintra, apresenta um tempo de espera de seis horas e 33 minutos para doentes urgentes e de duas horas e quatro minutos para casos muito urgentes. Na urgência de Obstetrícia e Ginecologia o tempo médio de espera é de uma hora e seis minutos.
Em Loures, o Hospital Beatriz Ângelo regista, por volta da mesma hora, um tempo de espera de quatro horas, com 37 pessoas em espera.
Também no hospital de Vila Franca de Xira, que pertence à Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo (ULS), o tempo médio de espera para doentes urgentes é de cinco horas e 31 minutos, com oito pessoas à espera de serem atendidos. Para os doentes menos urgentes o tempo de espera supera as dez horas, mas para os doentes muito urgentes é de cerca de uma hora.
Os hospitais Espírito Santo (quatro horas e 44 minutos), em Évora, e Universidade de Coimbra (três horas e 47 minutos) também falhavam, esta manhã, o tempo de espera recomendado, estando ambos acima das duas horas de tempo de espera para doentes urgentes.
Recorde-se que o tempo de espera recomendado para doentes urgentes é de 60 minutos.
Seis serviços de urgência estão este domingo encerrados e outros 13 serviços estão reservados a urgências internas e a casos referenciados pelo INEM e pela linha SNS24, segundo dados disponíveis no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os serviços encerrados situam-se maioritariamente na região de Lisboa e Vale do Tejo, havendo apenas um no Centro, e são todos relativos a urgências de Obstetrícia, Ginecologia e Pediatria.
A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).
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