Bruno Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias, afirmou, esta segunda-feira, não ter "grandes expectativas" sobre aquela que é a primeira ronda do processo negocial entre o Governo e os sindicatos das polícias neste novo ano.
"Não temos grandes expectativas", afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas à entrada do Ministério da Administração Interna, em Lisboa, justificando com o facto de existir sempre uma "reunião preparatória" na qual são definidos, entre outros assuntos, calendários.
No entanto, assegurou que os polícias vão continuar a lutar pela revisão das tabelas remuneratórias.
"Não acreditamos que haja algo a discutir, que seja trazido algo para cima da mesa, mas uma coisa é certa, sabemos ao que vimos discutir e ao que é que nos propusemos e isso é a revisão das tabelas salariais, por rever desde 2009", destacou.
O presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias defendeu que é preciso dar "uma nova cara" às forças de segurança, "que ponha cobro a uma dificuldade" cada vez maior de recrutar "novos jovens, novos policias".
A falta de polícias e a necessidade de valorização salarial, notou, não é, contudo, uma novidade e tem sido "amplamente" discutida.
"O Ministério e os sucessivos Governos têm plena noção da trajetória decrescente e de decaimento que têm vindo a infligir à forças de segurança que, neste momento, apresentam um salário médio que vai para além de pouco mais de 30% sobre o salario mínimo. Portanto, esses esbatimento tem reflexos, tem consequências", declarou.
O Ministério da Administração Interna (MAI) iniciou hoje novas negociações com os sindicatos da PSP e associações da GNR, para discutir tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos.
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