O anúncio de procedimento para a execução de uma empreitada de ampliação e remodelação do centro de dia, do serviço de apoio domiciliário e para criação de uma Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas (ERPI) foi esta semana publicado em Diário da República.
Com um prazo de execução de dois anos, o concurso tem um preço base de 2.280.000 euros, a que acresce o valor de IVA.
"Mantemos as instalações do atual centro de dia e dos serviços de apoio domiciliário, mas vamos adicionar mais um uso como lar de idosos, ampliando e aproveitando o que já existe", explicou Eduardo Silva.
O presidente da instituição particular de solidariedade social (IPSS) revelou que o projeto ficou sem financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), depois de ter obtido a sua aprovação.
Segundo explicou, a instituição concorreu inicialmente ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) 3.0 da Segurança Social, mas o projeto foi reprovado. Em causa estava o período de cedência do terreno por parte da junta de freguesia. Apesar de ter sido prorrogado para 50 anos, a burocracia demorou demasiado e o prazo do PARES foi ultrapassado.
A Associação de Solidariedade Social e Cultural da Boa Vista concorreu em seguida ao PRR e o projeto "foi aprovado sem condicionantes".
"Estávamos muito contentes e até fomos felicitados pelo presidente de Câmara, porque era mais uma estrutura importante para Leiria. Mas, passado umas semanas, recebemos uma carta a informar que o dinheiro do PRR tinha acabado, pelo que não teríamos financiamento", lamentou.
Apesar de avançar com o projeto mesmo sem apoios, Eduardo Silva espera angariar financiamento de algumas instituições. Para já, tem garantido um empréstimo bancário e fundos da instituição.
O presidente da associação revelou que quando construiu o centro de dia, há cerca de dez anos, já idealizava a construção de uma ERPI. Como o terreno não tem área suficiente para uma construção de raiz, o edifício ficou preparado de forma a poder ser ampliado e requalificado para um futuro lar, que vai agora concretizar-se.
O edifício ampliado irá dispor de espaços de uso social e comum, quartos e espaços para serviços de apoio internos e externos, informou.
"É um projeto fundamental para a União de Freguesias de Santa Eufémia e Boa Vista e vai criar mais postos de trabalho, pois é uma estrutura com respostas completamente diferentes", disse.
A Associação de Solidariedade Social e Cultural da Boa Vista tem acordo com a Segurança Social para prestar apoio a "cerca de 33 ou 34 pessoas" no apoio domiciliário e tem uma capacidade para 30 utentes no centro de dia.
O lar terá uma lotação de 40 lugares.
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