Trata-se de "um passo fundamental para uma paz duradoura no Médio Oriente e uma condição para a entrada urgente e indispensável da ajuda humanitária em Gaza", escreveu o executivo português na rede social X (antigo Twitter), acrescentando: "Hoje renasce a esperança".
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen reagiu à libertação pelo Hamas das três primeiras reféns israelitas, no dia da entrada em vigor do cessar-fogo, por um período de 42 dias, numa primeira fase, durante a qual serão negociadas as condições das fases seguintes, após mais de 15 meses de guerra que devastaram a Faixa de Gaza.
"Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher estão livres. Outros devem seguir-se. Ver o reencontro dos reféns com as suas famílias enche-nos o coração de esperança", escreveu a chefe do executivo comunitário na rede social X.
"Que este seja o início de um novo capítulo para Israel e para o povo palestiniano. O cessar-fogo deve manter-se. A Europa apoiá-lo-á", sublinhou Von der Leyen.
O Governo português saúda a libertação das primeiras 3 reféns israelitas e o início do cessar-fogo acordado. Um passo fundamental para uma paz duradoura no Médio Oriente e uma condição para a entrada urgente e indispensável da ajuda humanitária em Gaza. Hoje renasce a esperança.
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) January 19, 2025
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou sentir "alívio" pela libertação das primeiras reféns do Hamas e defendeu que "a paz é o único caminho a seguir".
"É com alívio que vejo finalmente os primeiros reféns a serem libertados e a ajuda humanitária a entrar, à medida que o cessar-fogo entra em vigor em Gaza", escreveu António Costa, na sua conta na rede social X.
Segundo o presidente do Conselho Europeu, o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas "traz um vislumbre de esperança muito necessário para a região" do Médio Oriente.
Na mensagem, António Costa sustentou que "todas as partes devem aderir ao acordo" e concluiu afirmando que "a paz é o único caminho a seguir".
Relieved to finally see the first hostages being liberated and humanitarian aid entering as the ceasefire takes effect in Gaza.
— António Costa (@eucopresident) January 19, 2025
The deal brings a much needed glimmer of hope to the region. All parties must adhere to it. Peace is the only way forward.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11h15 locais (9h15 em Lisboa).
Os primeiros camiões com ajuda humanitária entraram em Gaza poucos minutos após o início do cessar-fogo acordado, que atrasou três horas em relação à hora inicialmente definida, porque o Hamas tardou em fornecer a Israel a lista com os nomes dos reféns a libertar, uma exigência do Governo chefiado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também reagiu, publicando na rede social X duas fotos da libertação das reféns israelitas, acompanhadas da palavra "Esperança".
Hope
— Roberta Metsola (@EP_President) January 19, 2025
לְקַווֹת
امل pic.twitter.com/XYWPOLSDPF
O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, juntaram-se também ao coro de vozes que hoje apelaram para o cumprimento do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, a libertação dos reféns e a coexistência pacífica entre o "Estado palestiniano e o Estado israelita".
Scholz instou a um compromisso para a criação de "um Estado Palestiniano" que coexista pacificamente com o Estado de Israel.
"Devemos aproveitar este momento para nos comprometermos com um Estado palestiniano que possa coexistir pacificamente com o Estado de Israel", afirmou Olaf Scholz numa mensagem publicada na sua conta da rede social X.
"Finalmente, as armas calaram-se. Finalmente, os reféns israelitas foram libertados. Mas agora mais ajuda humanitária deve chegar rapidamente a Gaza", acrescentou.
Heute ist ein Tag der Freude: Endlich sind weitere Geiseln der Hamas freigekommen und wieder mit ihren Familien vereint.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) January 19, 2025
Diesem ersten Schritt müssen weitere folgen. Alle Geiseln müssen freikommen und es muss rasch mehr humanitäre Hilfe in den Gazastreifen gelangen.
A população civil palestiniana sofreu "enormemente" em Gaza e o seu destino "também nos preocupa", acrescentou o líder alemão.
O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, declarou hoje que vai trabalhar com os parceiros internacionais para garantir "a total aplicação" do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, insistindo que "todos os reféns devem ser libertados o mais rapidamente possível".
Numa conversa telefónica que manteve no sábado com o presidente palestiniano, Mahmud Abbas, Macron sublinhou a importância de "restaurar a governação palestiniana em Gaza, envolvendo plenamente a Autoridade Palestiniana", indicou hoje o Palácio do Eliseu num comunicado.
"O futuro da Faixa de Gaza deve fazer parte de um futuro Estado palestiniano e, ao fazê-lo, devemos garantir que nenhum massacre, como o que foi cometido a 07 de outubro [de 2023], possa alguma vez repetir-se contra o povo israelita", acrescenta a nota do gabinete presidencial francês.
Na véspera de abandonar a Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saudou igualmente o cessar-fogo na Faixa de Gaza, observando que o acordo que propôs em maio se concretizou e que deixa uma "região fundamentalmente transformada".
"As armas calaram-se em Gaza", disse Biden na sua primeira reação ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas, minutos após a libertação das primeiras três reféns.
"As armas calaram-se". Biden congratula-se com "região transformada"
O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, saudou hoje o cessar-fogo em Gaza, apontando que o acordo que propôs em maio se materializou e que deixa uma "região fundamentalmente transformada".
Lusa | 17:22 - 19/01/2025"O acordo que propus pela primeira vez em maio passado para o Médio Oriente materializou-se finalmente. O cessar-fogo entrou em vigor em Gaza e hoje estamos a assistir à libertação de mulheres israelitas que estiveram detidas contra a sua vontade em túneis escuros durante 470 dias", vincou.
Biden destacou ainda a entrada de dezenas de camiões com ajuda humanitária no território palestiniano, também nos termos do acordo.
O chefe de Estado norte-americano cessante dedicou ainda algumas palavras às negociações para prolongar o cessar-fogo que, considera, serão difíceis, estando prevista uma nova ronda dentro de 16 dias, e ao Hamas, em relação ao qual insistiu que o objetivo é que "abandone o poder" naquele enclave palestiniano.
Espanha também "saudou a entrada em vigor do cessar-fogo" em Gaza e a libertação das três primeiras reféns, que permaneceram "injustamente sequestradas durante mais de 15 meses", transmitindo-lhes desejos de boa recuperação.
"É importante que o cessar-fogo se consolide e permita a libertação dos restantes reféns e a entrada maciça de ajuda humanitária, na qual Espanha participará e para a qual o trabalho da UNRWA (Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente) é essencial e insubstituível", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol num comunicado.
Acrescentou igualmente ser "fundamental que as negociações entre as partes sejam retomadas imediatamente, a fim de se passar às sucessivas fases do acordo", indicando que Espanha apoiará os esforços de estabilização em Gaza, mas argumentando que estes "só serão viáveis se a Autoridade Palestiniana assumir as suas responsabilidades de Governo em todos os territórios palestinianos, reinstaurar a segurança e repuser os serviços básicos e preparar a reconstrução de Gaza".
A concluir, recordou que Espanha continuará a trabalhar com parceiros regionais e aliados para promover a aplicação da solução dos dois Estados, que classificou como "a melhor garantia de paz e estabilidade para a região".
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, saudou hoje a libertação das três reféns pelo Hamas, entre as quais a britânica-israelita Emily Damari, e apelou ao grupo armado e a Israel para que honrem todas as etapas do seu acordo de cessar-fogo.
Starmer afirmou que a libertação das três mulheres "é uma notícia maravilhosa e há muito esperada, após meses de agonia para elas e para as suas famílias", e recordou a incansável campanha realizada por Amanda, a mãe de Emily, de 28 anos, desejando-lhes "o melhor no caminho para a recuperação depois do trauma".
Apelou igualmente para a libertação dos restantes reféns ainda mantidos em cativeiro pelo Hamas em Gaza e para que se cumpram as restantes fases do acordo no prazo previsto.
"O Reino Unido está disposto a fazer tudo o que for possível para apoiar uma solução permanente e pacífica" para o conflito israelo-palestiniano", concluiu.
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