Um representante dos pais, que pediu para não ser identificado, disse à agência Lusa que os encarregados de educação colocaram "correntes e cadeados" na porta de entrada da escola que a meio da manhã foram retirados pelos "bombeiros, acompanhados pela GNR".
Entretanto, segundo a mesma fonte, os encarregados de educação vão ser recebidos ao final da manhã, em Silves, pelo diretor do agrupamento de escolas, para discutir a falta de funcionários naquele estabelecimento, situação que, disse, se arrasta desde o início do ano.
A vice-presidente da câmara de Silves, Luísa Luís, confirmou à Lusa que um representante da Câmara de Silves vai estar presente nessa reunião.
A autarca disse, no entanto, que a gestão dos funcionários "não cabe ao município", acrescentando que "há uma série de baixas e isso parece ter motivado a situação que se vive".
De acordo com os pais, a falta de funcionários na escola E,B 1 João de Deus em São Bartolomeu de Messines verifica-se desde o início do ano e "está a ficar cada vez mais grave".
"Numa escola com crianças com 130 crianças entre os seis anos e oito anos, neste momento, só há dois funcionários, estando três de baixa", afirmam.
De acordo com o representante dos pais, "o agrupamento e a Câmara [de Silves] não está a conseguir dar soluções" e até os professores já lhes pediram ajuda.
"Há situações bastante graves a acontecer por falta de funcionários. As crianças não têm ninguém a olhar por elas e fazem o que querem", refere.
A Lusa tentou obter esclarecimentos junto do diretor do Agrupamento de Escolas de Silves, Tito Mendes, mas tal não foi possível até ao momento.
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