Pinto da Costa terá recorrido a Fernando Madureira para desviar, de forma ilícita, fundos milionários destinados ao clube azul e branco, avança a CNN Internacional. O Ministério Público acredita mesmo que o antigo chefe da claque portista era usado como 'testa de ferro' neste processo.
As novas informações dizem respeito à Operação Prolongamento, uma investigação sobre os negócios feitos por Jorge Nuno Pinto da Costa com algumas sociedades, e em que é suspeito de ter escondido a origem de milhões de euros.
Fernando Madureira estaria envolvido no negócio, crendo-se que grande parte do seu património pertence, afinal, ao ex-presidente dos 'dragões'. Isto porque na Autoridade Tributária consta um relatório que se refere a Pinto da Costa como o verdadeiro dono do património imobiliário do casal Madureira, nomeadamente uma luxuosa moradia em Gaia.
Recorde-se que Pinto da Costa e Fernando Madureira mantiveram sempre uma boa relação durante os muitos anos que estiveram ligados ao clube azul e branco, tendo o ex-presidente do clube chegado a visitar Madureira na prisão, depois de este ter sido detido no âmbito do processo Operação Pretoriano.
O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional 'azul e branco' constituíram-se ainda assistentes da operação, que foi desencadeada a 31 de janeiro, no âmbito da investigação aos desacatos na Assembleia-Geral do clube, e resultou na detenção de 12 pessoas.
A acusação do MP denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões "criarem um clima de intimidação e medo" numa AG do FC Porto para que fosse aprovada uma revisão estatutária "do interesse da direção" do clube, então presidido por Pinto da Costa.
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