Entre as 29 deliberações expressas na declaração final da reunião realizada hoje em São Tomé, os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da CPLP ou seus representantes incentivaram "a partilha de boas práticas, a criação de redes de investigação colaborativa e o reforço da capacitação de recursos humanos, assegurando que a Inteligência Artificial seja um instrumento para a inclusão, o desenvolvimento sustentável e a afirmação da língua portuguesa como língua de ciência e tecnologia".
Assim, propõe-se promover a "realização de um seminário inicial em Inteligência Artificial, com o objetivo de aprofundar o debate sobre o tema e enquadrá-lo na agenda setorial da ciência, tecnologia e ensino superior da CPLP até 2026".
Por outro lado, os ministros mandataram o Fórum Especializado das Agências de Avaliação e Regulação do Ensino Superior "para desenvolver diretrizes destinadas à harmonização das políticas de avaliação, acreditação e reconhecimento de diplomas no espaço da CPLP, bem como a criar o selo de qualidade do ensino superior da CPLP.
A organização quer também "estimular a promoção de programas de mobilidade de estudantes, criando e fortalecendo bolsas de estudo, intercâmbios e parcerias académicas, que proporcionem aos estudantes dos países da CPLP a oportunidade de vivenciar novas realidades culturais e educacionais, ampliando as capacitações e perspetivas".
"Saímos desta conferência com a certeza de que estamos a construir uma CPLP mais conectada, mais inclusiva e mais preparada para enfrentar os desafios globais com soluções baseadas no conhecimento", declarou a ministra da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior de São Tomé e Príncipe, Isabel de Abreu, que presidiu ao encontro.
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