Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa escreveu que Horst Köhler vai ser "recordado com admiração pela sua dedicação permanente à causa pública e contributo para o equilíbrio económico e financeiro da Alemanha".
"Economista de profissão e defensor convicto da economia social de mercado", Marcelo lembrou ainda que como Presidente da Alemanha "distinguiu-se, também, a nível internacional, tendo pugnado ativamente pela promoção de uma parceria justa com África".
"Durante o seu mandato como Diretor-Geral do Fundo Monetário Internacional, fomentou o alívio da dívida pública de países em desenvolvimento e fortaleceu a capacidade do FMI para gerir crises e promover a estabilidade financeira global", escreveu Rebelo de Sousa, que enviou a mensagem de condolências ao Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.
Horst Köhler, que morreu hoje, aos 81 anos, após uma curta e grave doença, foi eleito Chefe de Estado em 23 de maio de 2004 e confirmado no cargo cinco anos mais tarde, mas demitiu-se inesperadamente em 31 de maio de 2010, após comentários considerados infelizes sobre a missão da Alemanha no Afeganistão.
Desconhecido da maioria dos alemães quando chegou à chefia do Estado, Horst Köhler acabou por ser um popular Presidente, cargo que na Alemanha tem apenas um papel cerimonial e de representação e pouco poder.
Anteriormente, foi diretor do FMI entre 2000 e 2004, até ser eleito chefe de Estado.
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