O homem de 51 anos sob o qual pendia um mandado de detenção europeu e que foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por ser suspeito de ter cometido mais de 200 crimes de abuso sexual de menores e de coação ameaçava a vítima que mataria a sua avó caso a criança denunciasse as violações.
"Os factos remontam ao período compreendido entre 2010 e 2015 e tiveram início quando a vítima tinha seis anos de idade e o arguido 46 anos. Nessa altura, a menor frequentava diariamente a casa da avó, onde o arguido, seu tio-avô, também residiu até 2012/2013, altura em que emigrou para França", detalhou o Ministério Público (MP), em comunicado.
O agressor, que foi indiciado pela prática de 106 crimes de abuso sexual de crianças agravado e 106 crimes de coação, "forçou a vítima a com ele manter relações sexuais, ameaçando a criança, num primeiro momento, que matava a avó caso esta denunciasse o ocorrido".
Quando regressava de França, para onde tinha emigrado, ameaçava levar a vítima consigo.
"O arguido atuou do modo descrito em, pelo menos, 106 ocasiões, tendo também chegado a obrigar a criança à prática de atos sexuais com um outro individuo não identificado", complementou o MP.
As agressões provocaram na menor uma "grande perturbação psicológica", razão pela qual foi acompanhada em consultas de pedopsiquiatria "desde os seus 15 anos de idade".
O homem foi presente a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Sintra, e ficou sujeito a prisão preventiva, a 23 de janeiro.
O inquérito encontra-se em segredo de justiça.
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