Um casal foi detido, no passado dia 5 de fevereiro, no Porto, por suspeitas de diversos crimes de burla, revelou a Polícia de Segurança Pública (PSP), esta sexta-feira, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
As detenções do homem, de 26 anos, e da mulher, de 23, fora de flagrante delito, foram o culminar de uma investigação que decorria desde julho de 2024.
Revela a PSP que os suspeitos atuavam em comunhão de esforços, de acordo com um plano previamente delineado.
Nas redes sociais anunciavam "compra e venda de artigos", de relógios de marca de luxo, como da Rolex.
No entanto, os relógios anunciados eram contrafeitos e o intuito do casal era trocar estes por originais ou então por viaturas automóveis.
No momento da concretização do negócio, "astuciosamente", segundo a PSP, os suspeitos "faziam as vítimas crerem que o artigo era original, acabando por concretizar o negócio acordado e à troca dos artigos em questão".
Uma vez que os agora detidos atribuíam sempre um valor superior ao artigo contrafeito que estavam a oferecer e procuravam relógios ou automóveis de valor mais baixo do que aquele artigo, tiravam, ainda, segundo as autoridades, "proveito de uma determinada quantia monetária como compensação pela suposta diferença patrimonial".
Posteriormente, procediam à venda dos relógios originais ou viaturas adquiridas, obtendo assim "largos proventos financeiros".
Durante a investigação, a PSP recuperou três relógios originais, no valor de cerca de 30 mil euros.
Foram, também, apreendidos sete relógios contrafeitos, "bastante similares aos originais", quatro carros de luxo - BMW X5, BMW 318 clássico, Mercedes SL500, Land Rover - e dinheiro.
Os lucros das burlas em investigação renderam aos suspeitos um valor aproximado de 100 mil euros.
Um dos suspeitos já tinha, adianta a PSP, sido identificado em situações similares, e ambos atuavam em todo o território nacional, com maior incidência na zona de Lisboa, contudo, a investigação em curso é relativa a factos ocorridos na zona do Porto, Lisboa, Leiria e Olhão.
Os detidos já foram, entretanto, presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo o homem ficado em prisão preventiva e a mulher obrigada a apresentações diárias na esquadra mais próxima da sua residência.
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