Esta é a terceira data avançada para conclusão deste heliporto que terá uma ligação à urgência e medicina intensiva em 20 segundos.
Depois de agosto de 2024, foi apontado que a estrutura estaria pronta no último trimestre do ano passado, mas, de forma a aumentar a capacidade e poder receber helicópteros militares, o projeto original foi recentemente alterado, passando a estimativa de conclusão para maio.
Em resposta à agência Lusa, a administração da Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho (ULSGE) referiu que, "perante a recente crise pública do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], sobre a contratação de helicópteros para o serviço, e tendo sido colocada a hipótese de utilização de aeronaves militares", a ULSGE contactou a Força Aérea Portuguesa e decidiu "aumentar a capacidade de resposta".
Em causa uma obra que arrancou no final de março de 2024.
Orçado em quase 1,5 milhões de euros, este heliporto recebeu parecer favorável da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) em julho de 2023.
Esta alteração ao projeto implicou um aumento de aproximadamente 200 mil euros.
Em agosto, a obra foi sobrevoada por um helicóptero militar -- Blackhawk - da Força Aérea Portuguesa, num voo de reconhecimento visual e dos obstáculos, assim como para verificação das condições operacionais e familiarização das tripulações", descreveu na altura, à Lusa, fonte da ULSGE.
Este heliporto está a ser instalado no topo do edifício de cinco andares, onde está instalada a urgência, bem como as unidades de cuidados intensivos e de neurocríticos, ou seja área dedicada ao tratamento do doente crítico.
"A empreitada implica mais que o heliporto, inclui prolongamento de caixas de elevador e escadas e saídas de emergência", sublinhou hoje a ULSGE.
O objetivo é permitir acesso vertical rápido através de elevadores.
A expectativa é que, após pousar, o doente não demore mais de 20 segundos a chegar à Sala de Emergência ou ao Serviço de Medicina Intensiva.
Atualmente, um paciente que tenha de ser helitransportado para o Hospital Santos Silva chega à pista do Quartel da Serra do Pilar, em Gaia, junto à ponte Luís I, tendo, depois, de enfrentar os constrangimentos de trânsito para chegar em ambulância à unidade hospitalar, a cerca de cinco quilómetros de distância.
O heliporto da ULSGE poderá operar de noite.
A intenção de construir um heliporto neste centro hospitalar foi descrita à agência Lusa em março de 2022, quando o presidente do conselho de administração, Rui Guimarães, apontou que o projeto já estava validado pela ANAC.
"Esperamos muito rapidamente poder ter autorização para o construir", afirmou Rui Guimarães à margem da inauguração da Unidade da Mulher e da Criança.
O médico considerou que a localização de Gaia, concelho do distrito do Porto, é "estratégica", porque tem uma área de influência "muito grande" a sul do rio Douro.
Nessa ocasião, Rui Guimarães comentou que, num levantamento feito pelo INEM sobre os hospitais que tinham de construir heliportos ou requalificá-los, o hospital de Gaia foi tido como prioritário.
A ULSGE inclui o centro hospitalar Gaia/Espinho e os Agrupamentos de Centros de Saúde Grande Porto VII (Gaia) e do Grande Porto VIII (Espinho/Gaia).
Este heliporto terá duas rotas de aproximação: uma sudoeste, a sul do Douro, no sentido da Serra da Freita (Arouca), e outra a nordeste, no sentido do Porto.
A área do heliporto ocupará cerca de 1.500 metros quadrados.
Leia Também: Agrediram com murros e pedra da calçada homem em Gaia. Foram detidos