Ucrânia? "Posição da UE não vai mudar em caso algum", diz Rangel

Paulo Rangel explicou que UE defende que "Ucrânia tem de ser uma parte ativa" nas negociações para a paz.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
24/02/2025 12:27 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Paulo Rangel

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, referiu, esta segunda-feira, que a União Europeia (UE) tem uma "posição de defesa da integridade territorial" da Ucrânia e defende que o país, bem como o bloco comunitário e outros países da Europa, devem integrar as negociações de paz. 

 

Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, após uma reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros da UE, no dia em que assinala o terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, Rangel afirmou que a UE, no seu todo, tem claramente uma posição de defesa da integridade territorial da Ucrânia, da sua soberania, no fundo, da sua autodeterminação".

"Essa posição não vai mudar em caso algum. Reconhecendo, aliás, o presidente Zelensky como interlocutor natural da Ucrânia, perfeitamente legitimado. Esse é um ponto do qual não se pode abdicar. Se isso facilita ou dificultará as negociações com a Federação russa é algo que se verá a seguir", afirmou o diplomata português.

Nesta senda, Paulo Rangel destacou o envolvimento da Ucrânia e da Europa em qualquer solução que venha a ser encontrada para pôr fim ao conflito. 

"Em qualquer processo de negociação, naturalmente, que a Ucrânia tem de ser uma parte ativa e a União Europeia e outros países da Europa têm de estar envolvidos nesse roteiro para a paz, uma vez que terão um papel muito relevante no pós guerra", frisou. 

"É preciso compreender que não temos nenhuma pista sobre quais são as soluções que venham a ser acordadas, qual o formato da negociações, sobre até o tempo e os calendários e como é que se envolvem os vários atores que são relevantes para este efeito", notou ainda o ministro. 

Contudo, destacou, "a circunstância de haver vontade de conversar e de negociar é,  apesar de tudo, algo que deve ser saudado". "Ninguém está contra o início de um processo conducente a um cessar-fogo e à paz", completou o governante. 

O ministro congratulou-se também pelo facto de a UE ter adotado hoje o 16.º pacote de sanções comunitárias à Rússia. 

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Lusa | 08:36 - 24/02/2025

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Entre os aliados ocidentais, a posição dos Estados Unidos começou a mudar com a eleição de Donald Trump, que tem criticado Volodymyr Zelensky e promovido uma aproximação diplomática a Moscovo.

Na semana passada, a Rússia e os Estados Unidos acordaram, em Riade, iniciar um processo de normalização diplomática, respeitar os interesses geopolíticos e criar grupos de trabalho para negociar um acordo pacífico para a guerra na Ucrânia.

Depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurar que não reconhecerá os resultados das conversações sem a participação de Kyiv, Putin garantiu que ninguém excluiu os ucranianos da mesa de negociações. Tanto russos como norte-americanos coincidiram em opor-se à presença dos europeus, que reagiram aprovando este novo pacote de sanções. 

Leia Também: Maria Luís Albuquerque saúda novo e "forte pacote de sanções" à Rússia

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