A organização não-governamental (ONG) Frente Animal, que em dezembro do ano passado tinha acusado a cadeia de super e hipermercados Pingo Doce de recorrer a fornecedores responsáveis por maus-tratos a frangos, denunciou, esta segunda-feira, que o fornecedor em questão é o Grupo Lusiaves.
A ONG acusa aquela que é uma das principais empresas portuguesas de produção de frango de violar as regras de bem-estar animal e divulgou imagens de animais a serem mortos paulada. Os que sobrevivem, diz a ONG, "foram abandonados com ferimentos extremamente graves", "misturados com cadáveres".
Além disso, refere, os animais são "deixados para trás, sem água nem comida", "atropelados por empilhadores" e "encontrados a morrer lentamente e em agonia".
As imagens, a que o Notícias ao Minuto teve acesso e optou por não divulgar, foram obtidas por meio de uma parceria com a ONG espanhola ARDE, e terão sido captadas no início de novembro de 2024 numa quinta do Grupo Lusiaves, em Figueira da Foz, Coimbra, segundo a Frente Animal.
A quinta em questão é propriedade do Grupo Lusiaves e é detentora do certificado Welfair pela AENOR, ainda de acordo com a ONG nacional. Este certificado, destaca, existe para garantir ao consumidor que os animais vivem em condições eticamente responsáveis de bem-estar, durante todo o ciclo de produção.
A Frente Animal já havia tornado públicos casos de violência animal em dezembro de 2024, tendo agora de responder a uma providência cautelar movida pelo Pingo Doce, que rejeitou as acusações e garantiu que em nenhuma auditoria foram identificados casos de maus-tratos.
A ONG portuguesa disse ainda que já apresentou queixa a entidades como a DECO, a ASAE e também à Provedora do Animal e apela ao setor avícola e à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) que analisem os métodos de produção em Portugal.
O Notícias ao Minuto entrou em contacto com o Grupo Lusiaves para obter uma reação, mas sem sucesso até ao momento.
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