Ministro quis esconder o que dizia, mas acabou a divulgar plano de crise

Entre entrevistas e Conselho de Ministros, fique a par do que previa o plano do Governo que foi divulgado (sem querer) pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
06/03/2025 16:37 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

País

Governo

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, tapou a cara com uma folha durante o debate da moção de censura, na Assembleia da República, para esconder o que estava a dizer ao primeiro-ministro, Luís Montenegro. No entanto, o tiro saiu pela culatra e o governante acabou por divulgar o plano de gestão de crise do Governo.

 

O momento em que Leitão Amaro segurava o rascunho foi captado pelo fotojornalista da Lusa Manuel de Almeida e a veracidade do documento foi confirmada por fontes do Governo ao Observador. No entanto, segundo a publicação, o plano terá sofrido algumas alterações e o rascunho continha apenas notas preliminares.

O plano começava com o debate da moção de censura e a ida de ministros às televisões, na quarta-feira. Já esta quinta-feira, o Governo previa entregar as respostas às perguntas dos partidos sobre a Spinumviva, a empresa familiar de Luís Montenegro.

Entre sexta-feira e segunda-feira, estava previsto que o primeiro-ministro desse uma entrevista a "três televisões", que se supõe serem os três canais principais: RTP, SIC e TVI.

Para sexta-feira, o Governo prevê também um Conselho de Ministros, onde deverão ser apresentadas mais medidas para o país. Segundo as notas, estas medidas estarão relacionadas com Infraestruturas, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a iniciativa 'Água que une'.

Por último, surge o debate da moção de confiança. Esta quinta-feira, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, confirmou que a moção já foi entregue na Assembleia da República, devendo o debate ocorrer na próxima terça-feira, 11 de março.

O primeiro-ministro, recorde-se, avançou com a apresentação de uma moção de confiança no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República.

Se a moção de confiança for rejeitada, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

Leia Também: A Spinumviva, as moções e a (provável) ida às urnas. Cronologia da crise

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