Na primeira conferência de imprensa de Conselho de Ministros após a aprovação da moção de confiança, que será discutida e votada na terça-feira, Leitão Amaro foi questionado sobre críticas da oposição ao 'timing' do anúncio de Parcerias Público-Privadas na saúde, numa altura em que o executivo PSD/CDS-PP pode estar próximo de ficar em gestão, com poderes limitados.
"Nós queremos é que o Governo que toma a decisão final da adjudicação, depois desta decisão de lançamento, seja um Governo com as condições fortes e claras de governabilidade", afirmou, em resposta à comunicação social.
Mais à frente e questionado se entende ser possível que resulte de eventuais eleições antecipadas uma maioria absoluta, como já admitiram alguns ministros, Leitão Amaro foi mais cauteloso.
"Eu não vou falar aqui sobre cenários de eleições que não existem, que pelo Governo não ocorrerão, que nós tudo temos feito para tentar mostrar que é possível evitar", afirmou.
Questionado se ainda haverá um novo Conselho de Ministros para aprovar diplomas antes do anunciado chumbo da moção de confiança, na terça-feira, que deixaria o Governo em gestão, o ministro da Presidência recusou que o executivo esteja a acelerar a agenda.
"Há Conselho de Ministros previsto para a próxima semana, e sim, nós estamos a preparar decisões para a próxima semana, não estamos a acelerar decisões para a próxima semana", afirmou, sem precisar se a reunião será antes ou depois do debate parlamentar.
O ministro defendeu que todas as decisões hoje anunciadas não foram pensadas "há dois dias ou três dias, são trabalhos de semanas e de meses".
"Para nós só faz sentido estar em funções e governar se for possível transformar. Estamos certos que é largamente isso que temos feito nestes meses, praticamente um ano, de governação. E é só assim que faz sentido aqui estar. Nós fomos eleitos, fomos depois nomeados, depois fomos empoderados pelo parlamento para transformar, não para perdurar", afirmou.
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