Segundo uma nota divulgada hoje pelo Governo Regional açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima presidiu na sexta-feira ao encerramento da conferência 'Política de Coesão - Desafios Atuais e Futuros', em Angra do Heroísmo, na Terceira, tendo defendido que os Açores "são e querem continuar a ser agentes com dignidade e voz no processo de construção europeia", em relação à proposta da Comissão Europeia para o próximo Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034.
Na ocasião, o vice-presidente do executivo alertou para uma "centralização que deve preocupar e para a qual se deve olhar com ceticismo".
Artur Lima recordou que a declaração final da 26ª Conferência de Presidentes das Regiões Ultraperiféricas, presidida pelos Açores, em novembro de 2021, "lamentava a muito fraca concertação dos Estados com as regiões na conceção dos planos nacionais de recuperação".
Sobre o plano da União Europeia (UE) para o setor da Defesa, e relembrando a discussão em torno de uma redução do orçamento da Coesão, Artur Lima defendeu que "as regiões que trazem vantagens geoestratégicas à União, como os Açores", devem beneficiar "de forma clara e concreta deste novo rumo europeu", adianta a nota.
Os Açores e as regiões europeias pedem uma UE "mais ágil, célere, menos burocratizada e com instrumentos capazes de se adaptarem rapidamente às necessidades do presente e do futuro", referiu.
Sublinhando que os Açores são "um exemplo extremo de toda a heterogeneidade regional que existe na UE", Artur Lima considerou fundamental "defender uma Política de Coesão justa" que assegure a coesão social, a coesão territorial, a sustentabilidade, a competitividade e a prosperidade em todo o arquipélago.
A conferência, organizada pelo eurodeputado social-democrata Paulo do Nascimento Cabral, juntou o Governo Regional, partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa dos Açores, o Conselho Económico e Social dos Açores, parceiros sociais, municípios e freguesias para um debate na região sobre o futuro da Política de Coesão da União Europeia.
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