Num comunicado, a OM lembrou que expectativas frustradas, insatisfação com o tratamento, stress, doenças e dor agudas, longos tempos de espera ou má comunicação são alguns dos motivos que culminam em situações de violência.
Para a OM, é uma realidade que "não pode tolerar", defendendo que "a profissão seja considerada de risco e de desgaste rápido" e sugerindo "uma alteração legislativa estrutural com o objetivo de salvaguardar, proteger e dignificar os médicos".
No Dia Europeu da Sensibilização para a Violência Contra Médicos e Outros Profissionais de Saúde, o bastonário dos médicos refere, citado no comunicado, refere que "a violência no local de trabalho aumenta o absentismo e até, em casos extremos, pode levar ao abandono, além de desmotivar a opção pela profissão, o que agrava a falta de recursos humanos no sistema de saúde".
A data assinala-se todos os anos, a 12 de março, por iniciativa do Conselho Europeu das Ordens dos Médicos (CEOM).
Carlos Cortes sublinhou que não se pode "tolerar nenhum tipo de violência, muito menos no local de trabalho, onde os médicos dão o seu melhor para cuidar de quem os procura".
O bastonário da OM reunir-se-á hoje com seu homólogo francês François Arnault, em Paris, onde analisará, entre outros pontos, a violência exercida sobre os médicos. Carlos Cortes vai partilhar a experiência adquirida com o novo Gabinete Nacional de Apoio ao Médico em Portugal.
Também o presidente do CEOM, José Santos, alerta que a violência contra os médicos "ameaça a qualidade de todos os cuidados".
Por seu turno, o coordenador do Gabinete Nacional de Apoio ao Médico (GNAM), João Redondo, defende um investimento "na promoção de respostas adequadas às necessidades", considerando ser "essencial apoiar os médicos e médicas que se encontram em situação de vulnerabilidade".
"Estamos empenhados em gerar as mudanças estruturais necessárias que permitam melhorar ainda mais essa resposta", sustenta.
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