Presidente da República fala ao país às 20h após ouvir conselheiros

Marcelo Rebelo de Sousa fala assim aos portugueses, depois de ouvir, ontem, os partidos políticos e, hoje, os conselheiros de Estado.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
13/03/2025 12:30 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Crise política

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fala ao país às 20h desta quinta-feira, 13 de março, depois de ouvir o Conselho de Estado, que se reúne a partir das 15h no Palácio de Belém, com vista a uma eventual dissolução do Parlamento, avança a SIC Notícias.

 

A declaração do Chefe de Estado, que ocorre depois do Conselho de Estado, deverá incluir não só a dissolução do Parlamento, como a data das eleições antecipadas, que tudo aponta que aconteçam a 11 ou 18 de maio.

Recorde-se que Marcelo Rebelo de Sousa também já esteve também reunido com os nove partidos com assento parlamentar, que foram unânimes a defender que a solução para a crise política passa pela dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas, com a maioria dos partidos a preferirem a data de 11 de maio e apenas BE, CDS-PP e PAN a considerarem melhor a de 18 de maio.

A convocação de audiências com os partidos e do Conselho de Estado foi anunciada pelo Presidente da República na terça-feira, logo após o Parlamento rejeitar a moção de confiança que provocou a demissão do executivo minoritário PSD/CDS-PP.

O Conselho de Estado foi convocado por Marcelo Rebelo de Sousa ao abrigo do artigo 145.º, alínea a) da Constituição, segundo a qual compete a este órgão pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República.

Em ocasiões anteriores semelhantes, o Presidente da República também falou ao país a partir do Palácio de Belém, após cumprir os dois passos que a Constituição obriga antes de dissolver o parlamento e convocar eleições: ouvir os partidos e o Conselho de Estado.

A atual crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, - e que passou na semana passada apenas para os filhos de ambos - levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

Depois de mais de duas semanas de notícias - incluindo a do Expresso de que a empresa Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva - de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro anunciou a 05 de março a apresentação de uma moção de confiança ao Governo.

O texto foi rejeitado na terça-feira com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

Segundo a Constituição, a não aprovação de uma moção de confiança implica a demissão do executivo, o que aconteceu um ano e um dia depois da vitória da coligação AD nas legislativas antecipadas de 10 de março.

O XXIV Governo Constitucional tornou-se o segundo executivo na história da democracia a cair na sequência da apresentação de uma moção de confiança, depois do I Governo Constitucional, em 1977, dirigido pelo socialista Mário Soares.

Leia Também: Marcelo ouve Conselho de Estado para eventual dissolução do Parlamento

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