"Vale a pena enfrentar ondas contestatárias, vale a pena arriscar"

O primeiro-ministro apontou esta terça-feira a privatização da OGMA como um exemplo de que, por vezes, "vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias" para cumprir uma convicção, reiterando que não deve ser o Estado a escolher as áreas onde investir.

Notícia

© Lusa

Lusa
18/03/2025 13:36 ‧ ontem por Lusa

País

Luís Montenegro

Luís Montenegro presidiu à cerimónia que assinalou os 20 anos de privatização da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, localizada em Alverca (Lisboa), que contou também com os ministros da Defesa Nacional, Nuno Melo, da Economia, Pedro Reis, e do chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general João Cartaxo Alves.

 

Na sua intervenção, recordou que cumpria o seu primeiro mandato como deputado quando foi decidida a privatização da OGMA e salientou que "não era nada consensual a decisão que se estava a tomar": "Havia dúvidas, muitos manifestavam o seu pessimismo relativamente ao modelo que estava a ser sugerido e que viria depois a ser decidido, desta autêntica Parceria Pública Privada", referiu.

"Às vezes, de facto, vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias, vale a pena arriscar, vale a pena ousar, ir à procura de cumprir uma convicção, um modelo, claro, com sustentação. Não estamos a falar de aventuras, estamos a falar de projetos sustentados, estudados, alicerçados", afirmou, numa altura em que o país enfrenta uma crise política e se preparar para ir novamente para eleições antecipadas a 18 de maio.

O primeiro-ministro demissionário aproveitou ainda a sua intervenção para voltar a criticar, sem dizer destinatários, uma proposta que tem sido defendida pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

"Nesta altura em que alguns sustentam a ideia de que o Estado deve definir as áreas económicas nas quais o país deve alocar os seus recursos, nós temos uma filosofia diferente. O país é que escolhe as áreas onde é competitivo e depois o Estado, naturalmente, está cá para ajudar (...) A economia gera-se por si própria e o Estado não deve atrapalhar", defendeu.

O Estado português detém 35% desta empresa de indústria aeronáutica, através da idD Portugal Defence, sendo a acionista maioritária a brasileira Embraer, com 65% do capital.

[Notícia atualizada às 13h44]

Leia Também: "Não diria que 'não é não' de Montenegro vá aparecer com o mesmo vigor"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas